O presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), se encontra, nesta terça-feira (13), com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes para tratar do compartilhamento de documentos sigilosos relacionados aos atos extremistas de 8 de janeiro.
A reunião está marcada para acontecer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília. Segundo Maia, a ideia é acordar a liberação de informações antes de votar pedidos, a fim de evitar conflitos com o Judiciário.
“Por motivos que, naturalmente, ele [Moraes] tem, manteve em sigilo de Justiça alguns inquéritos. Obviamente que existem motivos, e quero, antes de simplesmente solicitar dele a divulgação de algo que é sigiloso, ouvi-lo, conversar com ele, entender as razões para que a gente possa fazer tudo de comum acordo”, explicou Maia.
O deputado descartou que sejam adversárias as investigações feitas pela CPMI e pela Justiça. “Podem, com toda certeza, se complementar. Uma ajudar a outra, para que a gente possa galgar justamente aquilo que nos interessa: a verdade”, completou o presidente da CPMI.
Todos os requerimentos com pedidos de informações sigilosas e quebras de sigilo foram retirados da pauta de votação. Nesta terça-feira, a ideia dos membros da CPMI é votar apenas as solicitações de informação que não correm em segredo de Justiça, além de convites e convocações de depoentes. No total, são aproximadamente 270 requerimentos na mesa de análise, que devem ser votados em bloco, para agilizar a aprovação.
Já os itens mais sensíveis e sigilosos entrarão para análise nas próximas reuniões, após a conversa de Maia com Moraes, e devem ser votados separadamente. Um dos documentos que sofrem mais pressão da oposição é o relatório da Abin (Agência Nacional de Inteligência) sobre o risco de ataques violentos às sedes dos Três Poderes.