Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 10 de julho de 2023
No celular de Mauro Cid, a Polícia Federal encontrou mensagens sobre um possível golpe de Estado
Foto: Isac Nóbrega/PRO tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), será ouvido, na manhã desta terça-feira (11), pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga os atos extremistas de 8 de janeiro em Brasília.
Inicialmente, Cid prestaria depoimento na semana passada, mas a audiência foi adiada em meio ao esforço da Câmara dos Deputados em focar sua agenda na aprovação da reforma tributária e das alterações nas regras do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) antes do recesso parlamentar.
A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, autorizou Cid a ficar em silêncio durante seu depoimento, e ele não precisará falar sobre fatos que possam incriminá-lo. Porém, o militar foi obrigado a comparecer à CPMI.
No celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a Polícia Federal encontrou mensagens sobre um possível golpe de Estado. Entre os interlocutores, estava o coronel Jean Lawand Junior, que cobrava Cid para que fosse colocado em prática um plano, em oito etapas, para que as Forças Armadas assumissem o comando do País diante da derrota de Bolsonaro nas urnas.
Desde que foi preso, no início de maio, o tenente-coronel já foi ouvido seis vezes pela Polícia Federal. Mas o depoimento na CPMI vai ser diferente dos demais, já que essa será a primeira vez que o ex-ajudante de ordens prestará esclarecimentos em público.
Cid foi preso por suspeita de participação em um suposto esquema de fraude em certificados de vacinação durante a pandemia de Covid-19. Ele também é investigado em outros dois inquéritos que apuram o seu envolvimento nos atos de 8 de janeiro e no caso das joias recebidas da Arábia Saudita pelo governo Bolsonaro.