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CPMI e inquérito do STF sobre Fake News basearam seus trabalhos em material fornecido pela deputada Joice Hasselmann?

Ex-aliada do presidente Jair Bolsonaro, deputada Joice Hasselmann foi flagrada orientando perfis falsos nas redes sociais. (Foto Marcos Corrêa/EBC/PR)

O Congresso Nacional e o STF estão diante de um dilema constrangedor: grande parte do material que inspirou muitas das medidas do inquérito comandado pelo ministro Alexandre de Moraes, bem como a CPMI da Fake News, foi criado pela deputada Joice Hasselmann, afastada da liderança do PSL. A deputada agora responde na Câmara dos Deputados a um pedido de cassação pela quebra do decoro parlamentar, após ser flagrada orientando seus funcionários a produzirem perfis falsos para a disseminação de fake news contra adversários políticos.

Depoimento da deputada teria sido base para inquérito do STF

Depoimentos da deputada teriam fundamentado o inquérito no Supremo Tribunal Federal, e segundo depoimento de servidores do gabinete de Joice, “todo o material que foi usado na CPMI da Fake News foi criado pela equipe dela”.

Material dirigido a várias vítimas

O material anexado ao pedido de cassação da deputada contém dados importantes. Segundo ex-funcionários da deputada, os alvos das fake news seriam desafetos, e incluiriam as colegas de parlamento, Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP), além dos filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). No Rio Grande do Sul, a CPMI das Fake News tentou incriminar os deputados Bibo Nunes (federal) e Luciano Zucco (estadual).

Bolsonaro: responsabilidade pelo fechamento da economia foi de governadores e prefeitos

O presidente Jair Bolsonaro fez um desabafo, relembrando que “por decisão do STF, as ações de combate à pandemia (fechamento do comércio e quarentena, p.ex.) ficaram sob total responsabilidade dos Governadores e dos Prefeitos”.

Assinala que “o Presidente da República alocou centenas de bilhões de reais não só para combater o vírus, bem como para evitar o desemprego. Cada mês pago do auxílio emergencial de R$ 600,00 corresponde a despesa na ordem de R$ 40 bilhões para a União”.

Forças ocultas e parte da mídia açoitam o Presidente”

Segundo Jair Bolsonaro, “ao lado disso forças nada ocultas, apoiadas por parte da mídia, açoitam o Presidente das mais variadas formas para deslegitimá-lo ou atrapalhar a governança”.

 

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