Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de junho de 2020
Em relação à crise provocada pela pandemia de coronavírus, Guedes disse que a economia brasileira já “bateu no fundo do poço”
Foto: Marcello Casal Jr./Agência BrasilAs linhas especiais de crédito para empresas de menor porte poderão ter um bônus de adimplência, com perdão parcial para tomadores que estejam em dia com as parcelas e não tenham impostos em atraso, anunciou o ministro da Economia, Paulo Guedes, na noite de quinta-feira (25).
Em transmissão ao vivo nas redes sociais, ele disse que parte dos programas de crédito postos em prática durante a pandemia de coronavírus tiveram “desempenho inicial insatisfatório”.
“As políticas foram desenhadas por um timaço, mas, às vezes, o outro time marca o gol”, disse Guedes. Ele não detalhou como será posto em prática o bônus de adimplência, apenas explicou que a medida poderá beneficiar os bons pagadores. “O sujeito pequeninho foi lá, pegou empréstimo, trabalhou bem, conseguiu se recuperar e pagou os impostos. A gente pode dar o bônus de adimplência, perdoa o crédito”, disse.
O ministro citou os juros “ainda altos” do cheque especial como entrave para a retomada da economia. Em tom de brincadeira, Guedes cobrou do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, uma solução para diminuir as taxas.
Em relação à crise provocada pela pandemia de coronavírus, o ministro disse que a economia brasileira já “bateu no fundo do poço” e, assim como nos últimos meses, reiterou que existem condições para uma recuperação em “V”, quando a retomada econômica ocorre rapidamente depois de um choque. Segundo ele, a economia estava como “um urso hibernando”, mas está com os sinais vitais preservados.
Guedes ressaltou que, em um momento de crise grave, como o atual, é impossível fazer previsões. Para ele, a projeção de encolhimento de 9,1% do PIB (Produto Interno Bruto) do País, divulgada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), deve estar errada.