Sábado, 30 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2020
Mais de R$ 40 bilhões em crédito com garantia do governo federal já foram aprovados dentro do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), operado pelo BNDES, informou o banco de fomento.
Os recursos emprestados as empresas médias e pequenas por instituições financeiras têm garantia do Tesouro, que fez, nessa terça-feira (8), o terceiro aporte de R$ 5 bilhões no Peac, de um total que pode chegar até R$ 20 bilhões.
O BNDES estima que cerca de 52 mil empresas, que empregam mais de 2,3 milhões de pessoas, foram beneficiadas pelo programa criado em junho e que vai até dezembro. O Peac atende empresas que faturaram entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões em 2019.
“O programa está sendo capaz de promover acesso ao crédito para as pequenas e médias empresas em todo o país e ajudando para que possam voltar a crescer”, disse Petrônio Cançado, diretor de crédito e garantias do BNDES.
Até agora, 43 agentes financeiros são habilitados a oferecer os empréstimos, que vão de R$ 5 mil a R$ 10 milhões. A taxa de juros no programa é de até 1% ao mês e tem carência de 6 a 12 meses. O prazo de pagamento é de um a cinco anos.
Aceleração de start-ups
O BNDES anunciará nesta quarta (9) a segunda edição do Garagem, programa de aceleração de start-ups lançado pelo banco no fim de 2018. O foco está em atrair empreendedores à frente de negócios de impacto social e ambiental.
Serão escolhidos projetos com iniciativas em setores como os de sustentabilidade, saúde e educação, além de inovação em gestão pública, com as chamadas govtechs.
O programa prevê uma chamada inicial de aceleradoras. Na sequência, essas selecionadas escolhem as start-ups que vão ingressar no Garagem em parceria com o BNDES.
Na primeira edição, houve mais de 5 mil inscrições, resultando em 79 projetos selecionados, entre os dão origem a novas start-ups e os que entram já em fase de aceleração.
Fatia na Suzano
O BNDESPar, braço de participações do BNDES, confirmou, em correspondência enviada à Suzano, a pretensão de fazer uma oferta secundária de ações (“follow on”) para vender “até a totalidade” das ações que possui da companhia de papel e celulose. Essa fatia é de 11,03% do capital da Suzano, ou 150.217.425 ações.
De acordo com dados do próprio BNDESPar, a participação na Suzano está entre as maiores, em termos de porcentual do capital social, do braço de participações.
O lançamento da oferta depende de “diversos fatores”, como as condições de mercado e de preço, a aprovação pelos órgãos de governança interna do banco e também da Comissão de Valores Mobiliários. A Suzano informa que vai manter o mercado informado sobre os futuros desdobramentos do tema.