Com valores superiores a R$ 27 milhões, segundo dados do Banco Central, os créditos de pré-custeio para a lavoura de arroz apresentaram no mês de fevereiro crescimento de 2.700% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo em relação à 2014, ano considerado até então recorde na liberação de crédito, a elevação é de 100%.
Na avaliação da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), as negociações com o sistema financeiro e a promessa do Ministério da Agricultura, através do secretário de política agrícola, André Nassar, parecem estar trazendo resultados, Com isso, um dos motivos que contribuíram no ano passado para a pressão negativa nos preços parece que vai ser afastado na presente safra.
Outra importante notícia para o setor é que o mês de março vai trazer valores ainda maiores na contratação do pré-custeio. Informações preliminares dos agentes financeiros dão conta que a até a presente data, os valores são superiores a todo o ano passado. “Atualmente a lavoura de arroz é muito dinâmica, alguns produtores já tem parte da lavoura do próximo ano sendo preparada, assim como aproveitam a entressafra de aquisição de insumos para formarem posição de compra com preços mais baixos. O pré-custeio permite essa atitude sem ofertar produto, reduzindo a pressão de venda em um momento de maior oferta”, afirma o vice-presidente de Mercado da Federarroz, Daire Coutinho.
A Federarroz segue atenta às exigências que estão sendo apresentadas pelo setor financeiro. A liberação do Financiamento para Estocagem de Produtos Integrantes da Política de Garantia de Preços Mínimos (FEPM), antigo EGF, e crédito para a indústria, tem nesse momento sido o alvo a ser perseguido pela entidade.