Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2023
Se você está com dificuldade para lidar com os boletos, respire, e sabia que não está sozinho. Isso porque, segundo dados do Serasa, só em janeiro deste ano, mais de 600 mil pessoas encontravam-se inadimplentes — e a maioria delas possuía entre 26 e 40 anos.
Ou seja, quase 1 milhão de adultos.
E entre as principais razões para essa quantidade de brasileiros endividados, segundo Cristina Nunes, gerente de política de crédito da Provu, estão:
E é sobre esse último que vamos falar:
Afinal de contas, quem nunca gastou no cartão de crédito como se não houvesse limite? Enquanto que, na realidade, tem limite sim. E acionar o crédito rotativo pode ser mais um problema do que uma solução.
Isso porque, para Cristina, “quando mal utilizado, [o rotativo] é o vilão da vida financeira por possuir os juros mais altos do mercado, podendo se transformar rapidamente em uma ‘bola de neve’ difícil de administrar”, conta.
Veja 8 dicas de como evitar o endividamento com o rotativo:
Esse parece meio óbvio, mas é importante reforçar. Por isso, siga este mantra todos os meses. “Pague o valor total da fatura do cartão de crédito até a data de vencimento, evitando assim a cobrança de juros do crédito rotativo”, conta a educadora financeira Lai Santiago.
“Esteja ciente do seu limite de crédito disponível e evite gastar mais do que esse valor”, ensina Lai. Isso irá te ajudar a ficar dentro do limite e a escapar do uso do crédito rotativo. E mais do que isso, claro, você precisa sempre ter em mente o valor máximo que pode gastar com o cartão de crédito.
Portanto, é muito importante a terceira dica…
Sem planejamento, você dificilmente terá sucesso em qualquer área. Por isso, a dica da Lai é valiosa. “Faça um orçamento mensal e planeje seus gastos de acordo com sua capacidade financeira. Isso ajudará a evitar gastos excessivos no cartão de crédito.”
Sabe aquela boa e velha planilha de gastos? Então, esta ferramenta é uma mão na roda para manter o controle e evitar os exageros.
Lembre-se de ficar acompanhando como está sua fatura e quanto disponível você ainda tem para não gastar além da conta.
Crie uma rotina de olhar, por exemplo, uma vez por semana o aplicativo do seu cartão. Ou até um período menor, se você for do time que faz todas as compras por meio do crédito.
Segundo a educadora, o saque com o cartão de crédito possui taxas altas de juros, além de “não possuir um período de carência para isenção de juros”.
Separe um montante todo o mês, mesmo que seja pouco, e deixe rendendo em um investimento de liquidez diária, como o CBD, por exemplo. E aí, se a situação apertar, você poderá usar a reserva de emergência, e assim, evitar o uso do crédito rotativo.
E este tipo de ‘cofrinho’ não serve apenas para quando o boleto do cartão vem acima do limite. “Mantenha um fundo de emergência para cobrir imprevistos financeiros, como despesas médicas ou reparos inesperados”, explica Lai.
Já mencionamos aqui como as taxas do rotativo são maiores que as de outras opções de empréstimos pessoais. Mas um bom aviso nunca é demais: estude quais opções você tem antes de ir no que pode ser mais fácil.
Por isso, entre em contato com a instituição financeira responsável pelo seu cartão para entender quais outros tipos de empréstimos mais baratos eles podem lhe oferecer.
Agora, se você recorrentemente se enrola no cartão de crédito, talvez a melhor saída seja eliminar essa forma de pagamento e iniciar um processo intenso de educação financeira utilizando apenas o débito. “Quando usamos o débito e vemos o saldo diminuindo, ativamos a dor do pagamento e temos mais ‘pena’ de gastar nosso dinheiro”, conclui Lai.