Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2024
Celebrado nesta terça-feira, 1º de outubro, o Dia Nacional do Idoso é mais um motivo para reforçar a necessidade de de uma série de cuidados em relação a quem já chegou aos 60 anos. O alerta inclui o trânsito, que tem no segmento um dos grupos mais vulneráveis a acidentes: só no ano passado, foram 407 casos fatais envolvendo essa faixa etária no Rio Grande do Sul.
A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) chama a atenção para estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que apontam uma piora nessa tendência ao longo dos últimos três anos no Estado.
“Embora o total de casos fatais no trânsito tenha diminuído em 2023 na comparação com os dois anos anteriores, o número de idosos que perderam a vida no trânsito – seja como condutores ou pedestres – aumentou de forma significativa”, ressalta a entidade.
– 2023: dos 1.576 mortos em acidentes de trânsito dentro do mapa gaúcho, 407 eram idosos, representando 25,8% do total. Dentre tais casos, 113 idosos eram motoristas e 128 pedestres.
– 2022: foram 1.708 óbitos no trânsito, incluindo 407 indivíduos com idade a partir de 60 anos, o que equivale a 23,8% do total. Continente formado por 128 condutores e 125 pedestres.
– 2021: dos 1.622 casos fatais, 304 eram idosos, representando 18,7% dos óbitos. Naquele ano, 101 deles perderam a vida como condutores e 113 como pedestres.
Orientações
– Sempre atravessar nas faixas de pedestres.
– Preferir semáforos com tempos ajustados para pedestres.
– Evitar distrações como o uso de celulares ao caminhar.
Com a palavra…
Na avaliação do presidente da Abramet no Rio Grande do Sul, Ricardo Hegele, é necessária uma abordagem diferente para as diferentes formas de participação dos idosos como vítimas do trânsito (motoristas, motociclistas, ciclistas ou pedestres):
“É importante que o médico do tráfego realize uma avaliação cuidadosa das condições e da aptidão física e mental do idoso condutor. Por outro lado, orientações também devem ser dadas aos idosos sobre os cuidados como pedestre, especialmente ao atravessar ruas e avenidas, respeitando a sinalização de trânsito, em especial os semáforos e outras referências”.
Hegele menciona o fato de que o avanço da idade é acompanhado de mudanças nas condições físicas e mentais do indivíduo. Esse aspecto pode impactar na segurança do trânsito:
“Para motoristas idosos, fatores como diminuição da visão, reflexos mais lentos e possíveis limitações cognitivas ou motoras podem comprometer a habilidade de reagir rapidamente a situações imprevistas. O acompanhamento médico para avaliar reflexos, visão e audição é fundamental, assim como a manutenção de um estilo de vida saudável para preservar a capacidade de dirigir. Idosos que circulam pelas ruas como pedestres também precisam de atenção redobrada. A mobilidade pode estar comprometida e os riscos de quedas ou atropelamentos aumentam”.
(Marcello Campos)
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