Segunda-feira, 03 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de março de 2021
Mesmo depois da compra em massa do ano passado, a demanda por respiradores que são usados em pacientes de covid-19 voltou a crescer neste ano por conta do agravamento da nova onda da pandemia.
A Magnamed, uma das principais fábricas do País, vai produzir em abril 300 ventiladores pulmonares para atender a demanda de hospitais e redes de saúde privados.
A média de produção, para o ano, deve ser de 200 ventiladores por mês, segundo a empresa. Em outubro de 2020, quando a pandemia arrefeceu, foram produzidos apenas 120 ventiladores.
Durante a corrida mundial pela compra de respiradores, a empresa teve uma média de produção mensal de 600 equipamentos. No pico de produção, em julho, chegou a fabricar 2.040 equipamentos quando o governo requisitou toda a produção do País.
Pedido de doação
Diante da pressão por mais leitos, o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves, pediu ao Ministério da Saúde a doação de equipamentos e medicamentos. No documento, a lista mostra a solicitação de 440 respiradores, 500 camas e quase 3,8 milhões de remédios.
No ofício, o secretário diz que os equipamentos e insumos serão usados em unidades de saúde geridas pelo Estado e pelos municípios.
“Considerando que a situação é complexa e demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, a serem efetivadas por intermédio da conjunção de esforços de todos os entes federados; e considerando o recente aumento do número de casos no Estado do Rio de Janeiro, com o consequente crescimento da demanda por leitos; Dirigimo-nos a V. Exa para solicitar os vossos bons préstimos no sentido de promover a doação dos equipamentos e medicamentos abaixo relacionados, a serem destinados ao tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus, nas unidades de saúde estaduais e municipais do Rio de Janeiro”, diz trecho do documento assinado por Chaves.
Dentro do pedido feito ao Ministério da Saúde ainda há a lista de 23 medicamentos que são necessário para o tratamento de pacientes em terapia intensiva. No pedido, estão insumos que fazem parte do “kit intubação”, que corre risco de faltar em todo o País e é fundamental para pacientes com covid-19 em estado mais grave.
Questionada, a Secretaria estadual de Saúde não respondeu se o Rio corre risco de sofrer um desabastecimento de medicamentos, como já aconteceu em outros pontos do País.
Por sua vez, o governador em exercício, Cláudio Castro, foi na terça-feira (23) a Brasília (DF) para tentar a reativação de 150 leitos em hospitais federais no Rio. Essas unidades têm 1.117 vagas impedidas por falta de pessoal ou de infraestrutura.