Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Cláudio Humberto | 4 de janeiro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A chapa PT-PSB no Planalto tem tudo para não se repetir em 2026. Dentro do PT, o plano é lançar uma chapa puro-sangue e motivos, para os petistas, não faltam. O partido avalia que, em caso de vitória de Lula, não dá para jogar sucessão do petista no colo de outra sigla, já que Lula não poderá disputar mais mandato se reeleito. Outro ponto sensível, mas considerado, é que se eventualmente Lula, que faz 80 anos em 2025, não conseguir concluir o mandato, a cadeira tem que ficar com o PT.
Meu espaço
No PSB a ideia não é bem recebida, o partido não quer abrir mão da vice-presidência e do holofote que a cadeira garante.
Destino
No PT, o cenário ideal teria Geraldo Alckmin (PSB) disputando o governo de São Paulo, estado que já governou por quatro vezes.
Um ou outro
Alckmin já captou a movimentação do PT, mas ainda não se decidiu pelo Palácio dos Bandeirantes. O Senado também está no radar do socialista.
Vai ser dureza
O PT quer garantir um palanque forte para Lula em São Paulo, que deve ter o bem avaliado governador Tarcísio de Freitas (Rep-SP) na oposição.
Deputados acumulam 840 faltas em Plenário
A boa remuneração e todas as regalias que o cargo confere não são suficientes para garantir que os deputados marquem presença em votações no Plenário da Câmara. Ano passado, os nobres acumularam 840 faltas. As “ausências justificadas”, quando o parlamentar arruma uma desculpa para a falta, são ainda maiores, 2.455. No topo dos faltosos, o enrolado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), com 72 faltas, preso desde 24 de março, suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco.
A prata
Atrás de Chiquinho Brazão está José Priante (MDB-PA), faltou 13 vezes nas votações em Plenário e ainda justificou outras quatro ausências.
Nem aí
Menos da metade dos 513 deputados justificou o salário e não faltou nas sessões. O número é de 244 parlamentares.
Turma dos 40
Com “ausência justificada”, o líder é Luciano Bivar (União-PE), 41. É seguido pelo Doutor Luizinho (PP-RJ), com 40 ausências.
No bolso
O material escolar deste ano vai salgar as contas de quem tem que comprar cadernos, livros e livros didáticos. O preço desses produtos, registra o IBGE, subiu 6,31%, 9,65% e 7,64%, respectivamente.
Garfada do Malddad
A nova regra do salário mínimo, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o “Malddad”, reduziu o valor pago este ano em R$10. O mínimo ficou em R$1.518, mas seria de R$1.528 pela regra antiga.
Golpe legitimado
A oposição repudiou decisão do governo Lula de mandar representante para a “posse” do ditador Nicolás Maduro. A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) diz que o governo legitima e apoia o golpe contra a democracia.
Cenário em SP
Em eventual disputa pela Presidência da República em 2026, Tarcísio de Freitas já tem seu favorito para sucedê-lo no Governo de São Paulo. É o prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB).
Bolo e guaraná
O almoço que a vice-governadora do DF Celina Leão (PP) promoveu para celebrar o aniversário do maridão contou com a presença do casal Bolsonaro. Fabrício Freire foi agraciado com a icônica medalha “três is”.
Conversa fiada
Osmar Terra (MDB-RS) acha vergonhosa a decisão do governo Lula de ir à posse do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. “Depois vem com essa conversa de defesa da democracia”, diz o deputado.
No vermelho
O Serasa Experian divulgou levantamento sobre a inadimplência das empresas em novembro passado. Foram 7 milhões de empresas no vermelho. Alagoas tem a maior taxa de empresas devedoras, 41,7%.
Férias encurtadas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encurtou o período de férias de janeiro. A folga, iniciada dia 2, vai ter uma interrupção de três dias, entre 7 e 9, e volta entre 10 e 21.
Pensando bem…
… 2026 é logo ali.
PODER SEM PUDOR
Duda e seu joão-bobo
Lula ainda cambaleava, após a segunda derrota para FHC, quando Duda Mendonça encontrou o jornalista Ricardo Kotsho na cantina “Il Sogno di Anarello”, em São Paulo. Ali, entre “chiantis” de qualidade duvidosa e ao som da indefectível música “Champagne”, na voz do proprietário Giovanni Bruno, o marqueteiro fez uma proposta surpreendente: vindo de campanhas malufistas, ele queria o apoio de Kotsho, amigo de Lula, para “vender ao PT” a ideia de ele fazer a próxima campanha petista, e de graça. Antecipou até a primeira “peça” de campanha: um Lulinha de bolso, pequenininho, que funcionaria como joão-bobo, aquele que toma piparote e fica sempre de pé. “Getúlio usava um bonequinho desses”, lembrou Duda. Kotsho não parecia muito entusiasmado, mas prometeu levar a ideia ao PT. Deu no que deu.
Duda não precisou usar o Lulinha. Muito menos trabalhar de graça.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – @diariodopoder)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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