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Cresce o uso de criptomoeda em crimes digitais

O uso de moedas digitais por cibercriminosos se tornou uma preocupação constante de autoridades policiais do mundo todo. (Foto: Reprodução)

O uso de criptomoedas em crimes digitais, como lavagem de dinheiro, tem crescido. As características dos ativos são convenientes como forma de movimentar valores no mundo digital.

“Por que os criminosos virtuais adotaram as criptomoedas? Pelo certo grau de anonimato das transações, pela facilidade de movimentar valores sem controle de autoridades e pela possibilidade de lavar dinheiro por meio de múltiplas operações em vários países”, afirma o analista sênior de segurança da Kaspersky Fabio Assolini.

O pagamento de resgate por meio de criptomoedas se tornou essencial porque as transferências podem ser realizadas através de carteiras virtuais onde nenhum dado pessoal é compartilhado ou guardado.

A Polícia Federal do Brasil já chegou a apreender cerca de 6 mil bitcoins, e outras divisas virtuais, utilizadas em transações criminosas.

Com o aumento de casos de ataques cibernéticos contra companhias e governos, incluindo uso de criptomoedas para extorsão e outros crimes, há quem defenda o banimento dos ativos.

Porém existem especialistas que defendem que a regulamentação da moeda digital é o melhor caminho para impedir o uso em transações ilícitas.

Para Cecília Choeri, do Chediak Advogados, as autoridades estão “perdendo tempo sem regulamentar”. Choeri ainda diz que a demora da regulamentação “parece que muito é por falta de conhecimento sobre o tema”. A advogada, que é a sócia responsável pela área de proteção de dados e segurança da informação, complementa alegando que diretores de agências regulatórias criticam, mas que já deveria haver algum tipo de regulamentação sobre o mercado de criptomoedas no Brasil.

Fiscalização

Vem aumentando dos esforços de autoridades em todo o mundo para reprimir crimes cibernéticos. Assim, as criptomoedas vem recebendo mais regulamentações nos últimos meses em países como os Estados Unidos, dificultando as ações dos criminosos.

Um dos casos mais notáveis de 2021 foi o ataque de ransomware que a empresa americana de oleodutos Colonial Pipeline sofreu em meados de maio. Uma das principais distribuidoras de combustível nos Estados Unidos se encontrou totalmente paralisada por horas, afetando o fornecimento em grande parte do país, forçando a companhia a concordar em pagar cerca de US$ 4,4 milhões aos criminosos.

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