Ícone do site Jornal O Sul

Crescem no Brasil casos de síndrome respiratória aguda grave em crianças, diz Fiocruz

Alguns Estados das regiões Sul e Centro-Oeste registraram alta nos casos de rinovírus. (Foto: Reprodução)

Casos de síndrome respiratória aguda grave aumentam no País entre crianças e adolescentes, principalmente na faixa etária entre 5 e 11 anos. Os dados são do novo boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (2) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O levantamento considera dados epidemiológicos de 21 a 27 de agosto.

A Fiocruz aponta que ainda não é possível identificar o vírus responsável pelo aumento recente nas infecções associadas à síndrome respiratória grave (SRAG). Alguns Estados das regiões Sul e Centro-Oeste registraram alta nos casos de rinovírus, causador do resfriado comum, mas os dados ainda são preliminares.

“Por se tratar de crescimento restrito ao público infantil e temporalmente associado ao retorno às aulas após as férias escolares, o cenário atual reforça a importância de cuidados mínimos como boa ventilação das salas de aula e respeito ao isolamento das crianças com sintomas de infecção respiratória para tratamento adequado e preservação da saúde da família escolar”, destaca Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Já entre a população geral, há uma queda dos pacientes com SRAG na tendência a longo prazo, que reflete as últimas seis semanas, e de estabilidade no curto prazo, que considera as últimas três semanas.

Segundo a Fiocruz, a curva nacional, que tem apontado também o comportamento da covid, segue estabilizada, com patamar próximo ao de abril deste ano, considerado o mais baixo desde o início da pandemia.

Entre as 27 unidades federativas, Acre, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Roraima e São Paulo registram crescimento de SRAG no longo prazo, mas somente entre crianças e adolescentes.

Nacionalmente, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, que consideram boa parte do mês de agosto, dos casos de síndrome respiratória aguda grave, 71,8% são de covid, 5% de vírus sincicial respiratório, 2,6% de influenza A e 0,3% de influenza B. Entre as mortes, quase 96% foram causadas pelo coronavírus, no mesmo período.

Sair da versão mobile