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Geral Criado para ser porta-voz de críticas à Operação Lava-Jato e defender a ex-presidente Dilma, grupo de advogados ganha cargos-chave no Executivo e no Judiciário

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O Grupo Prerrogativas foi ferrenho crítico da Lava-Jato e defendeu Dilma Rousseff (PT) durante o processo de impeachment em 2016. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Uma década após ter nascido em meio às críticas à Operação Lava-Jato, o Grupo Prerrogativas, que reúne cerca de 250 advogados e juristas de esquerda, vem ampliando seu espaço no Executivo e no Judiciário sob o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Um ano e meio desde a posse do presidente da República, o “Prerrô”, como é conhecido, emplacou nomes em altos cargos do Executivo e outros seis em Tribunais Superiores e Tribunais Regionais Federais, além de órgãos e autarquias.

Coordenado pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, o grupo foi ferrenho crítico da Lava-Jato, defendeu Dilma Rousseff (PT) durante o processo de impeachment em 2016 e entrou de cabeça na campanha pela eleição de Lula em 2022. Na ocasião, os advogados organizaram jantares para arrecadar doações ao PT e aproximar a classe empresarial do então candidato.

Com o governo eleito, entre os escolhidos por Lula para chefiar os ministérios há nomes que têm ligação com o grupo Prerrogativas: Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União), Anielle Franco (Igualdade Racial), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania) e até Fernando Haddad (Fazenda).

Almeida deixou o grupo de WhatsApp, em que estão todos os que são considerados como parte do “Prerrô”. Em setembro do ano passado, ele saiu do grupo após receber críticas ao seu trabalho, em meio aos rumores de que o governo federal cogitava privatizar presídios.

Em postos de confiança nos ministérios, o Prerrogativas também conta com nomes como Manoel Carlos de Almeida Neto (secretário-executivo), Angelita da Rosa (secretária-executiva adjunta), Jean Uema (secretário nacional de Justiça) e Sheila de Carvalho (secretária nacional de Acesso à Justiça) no Ministério da Justiça e Segurança Pública, Guilherme

Mello (secretário de Política Econômica) e Laio Correia Morais (chefe de gabinete) no ministério da Fazenda. Se Gabriel Galípolo, hoje diretor de Política Monetária do Banco Central, chegar à presidência da instituição, será mais um nome do grupo no alto escalão da República.

Vera Lúcia Araújo (ministra substituta no Tribunal Superior Eleitoral), Daniela Teixeira (ministra do Superior Tribunal de Justiça) e Antônio Fabrício Gonçalves (Tribunal Superior do Trabalho) representam o Prerrogativas nas instâncias superiores. E outros participantes do grupo conquistaram cargos em órgãos e autarquias diversos, como os Correios, o Incra e a AGU. Só o Comitê de Ética Pública, vinculado à Presidência da República, conta com três nomes do Prerrô entre os seis membros: o presidente Manoel Caetano e os conselheiros Marcelise Azevedo e Georghio Tomelin.

Nas últimas semanas, o grupo foi além e ampliou seu espaço ao ver nomeada a advogada Gabriela Araújo, esposa do deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP) e uma das amigas mais próximas da primeira-dama Rosângela da Silva, como desembargadora no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), e os juízes titulares Cláudio Langroiva (TRESP) e Sérgio Francisco Carlos Graziano (TRE-SC).

Se a nomeação de Gabriela, que também é coordenadora-adjunta do grupo, foi considerada a “cereja do bolo”, um evento realizado na capital federal na semana passada foi a própria festa. A cerimônia de entrega da medalha da Ordem do Mérito da AGU, sediada no Clube Naval de Brasília com a presença da nata da República, condecorou oito integrantes do Prerrô entre os 120 agraciados, incluindo Carvalho.

Fora as conquistas, alguns membros do Prerrogativas confessam ter tido dois desapontamentos sob Lula. O primeiro foi a não escolha de Carvalho para a Secretaria-Geral da Presidência, hoje ocupada por Márcio Macêdo. E o mais recente, quando Messias foi preterido por Flávio Dino para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Com representantes nos principais tribunais do País, o Prerrogativas vê a cadeira na mais alta Corte como o último troféu ainda não conquistado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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