Domingo, 23 de março de 2025
Por Redação O Sul | 22 de março de 2025
Algumas crianças chegaram a provar o material.
Foto: Polícia Militar/DivulgaçãoUma criança de 4 anos levou 16 papelotes de cocaína para a escola, em Itamonte (MG), e distribuiu para os colegas. O caso aconteceu na escola municipal Mariana Silva Guimarães na tarde de sexta-feira (19). Segundo a menor, o material seria do pai dela. De acordo com a Polícia Militar, o laudo pericial confirmou a composição da substância.
Algumas crianças chegaram a provar o material. A professora relatou para a polícia que estava dando aula quando uma das alunas reclamou que “a coleguinha tinha lhe dado um papelzinho e que estava ruim”.
Ao buscar saber quem tinha dado o “papelzinho”, a professora encontrou seis papelotes com o pó dentro da mochila da criança e nove papelotes parcialmente consumidos debaixo da cadeira em que ela estava sentada.
Ao ser questionada, a criança teria dito que o material era do seu pai. Ela foi encaminhada para a coordenação da escola, que acionou os responsáveis pelos alunos da sala onde o pó foi encontrado.
As 18 crianças que estavam na sala de aula foram encaminhadas à Santa Casa de Itamonte e 15 delas fizeram testes de urina para apurar a presença da substância no organismo. Os exames foram enviados ao laboratório Oswaldo Cruz, em Taubaté (SP).
Em dois casos, o exame se mostrou inconclusivo e nos outros casos o resultado foi negativo. Após o atendimento médico, as crianças foram liberadas para os responsáveis.
“Convocamos o apoio da assistência social, dos psicólogos da prefeitura, vieram todos para o hospital para dar apoio, solicitamos mais uma médica para atender as crianças, a preocupação nossa ali no momento era é com a saúde das crianças. Uma médica pediu o testee a gente não tem esses testes, né? É uma cidade pequena, ligamos em toda a cidade vizinha, não tinha, conseguimos, pela graça de Deus, um laboratório em Taubaté que foi muito solícito com a nossa Itamonte”, contou o prefeito João Pedro Fonseca (Pode).
De acordo com a PM, a coordenadora pedagógica da escola relatou que antes da chegada dos policiais, o pai da criança foi até a escola, pegou um papelote que estava com ela e deixou o local em seguida.
O Conselho Tutelar foi chamado e as conselheiras foram desacatadas por um tio da criança que foi até a escola buscá-la. Ele foi detido depois e levado até a delegacia, onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.