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Crise aumenta leilões de bens na internet

Lancha de 3 milhões de reais de Costa vai a leilão no dia 23. Foto: Valter Campanato/ABr

A crise econômica e política brasileira aqueceu o mercado de leilões pela internet, com ofertas de itens para todos os bolsos.

Por ordem do juiz federal Sérgio Moro, seis apartamentos em um flat de Londrina (PR) de Alberto Youssef foram leiloados na sexta-feira. No dia 23, a participação que o doleiro tem em um hotel em Salvador (BA) e em uma lancha do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, investigados na Operação Lava-Jato, irão a pregão.

Os bens de Youssef foram avaliados em mais de 5 milhões de reais, e a lancha de Costa, em 3 milhões de reais. Os leilões são on-line, na plataforma Superbid. No dia 29, está programado no site Mega Leilões a venda de uma fazenda em Nova Olímpia (MT), que foi do empresário Olacyr de Moraes, o rei da soja, que morreu neste ano.

Com área de 12 mil hectares, o terreno é da Usina Itamarati, produtora de etanol e açúcar. A empresa é alvo de ação da fabricante de equipamentos agrários John Deere, que pede quitação de dívida de 70 milhões de reais.

Os grandes leilões são a ponta de um mercado que vê a oferta de ativos crescer em 2015. São 20% de aumento nos pregões mensais. Henri Zylberstajn, sócio da empresa Sold, disse que até 2014 eram cerca de 50 eventos a cada 30 dias. Agora, subiu para 80 por mês.

O número de ofertas por pregão duplicou. Antes, a média era 1,2 mil. Agora, são 2,5 mil. A alta decorreu do maior número de companhias que vendem ativos devido à crise, que estão em recuperação judicial ou fechando as portas. (Folhapress)

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