Domingo, 17 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de março de 2016
Em tempos de crise, as emissoras de TV tomam medidas para não terem prejuízos na balança orçamento X gastos. Globo, Band, Record e SBT, por exemplo, adotaram atitudes para enxugar a folha de pagamento de suas produções.
A Band reviu e reicindiu contratos de quem não estaria no ar. O caso mais recente foi de Dan Stulbach que, com o fim do “CQC” – cuja promessa é que volte em 2017 – teve o vínculo cancelado. A emissora preferiu pagar a multa rescisória a mantê-lo contratado até que “História não Escrita”, seu próximo programa, seja produzido.
Além disso, há alguns anos vários programas – entre eles “MasterChef”, “A Liga” e “O Mundo Segundo os Brasileiros” – são responsabilidade da produtora argentina Eyeworks, barateando o custo para a Band.
Globo
Boa parte dos atores não tem mais contrato longo, assinando para a obra (novela ou minissérie) que for trabalhar. E em muitos casos, o vínculo só passa a valer a partir do capítulo em que o artista de fato aparecerá na trama – por exemplo, se entra no capítulo 20, passa a receber a partir daí, e não da estreia da novela.
A fórmula já foi adotada no ano passado. Isso foi comum em “I Love Paraisópolis”, da Globo, quando atores que entraram no meio da história só puderam se sentir realmente “globais” na primeira vez em que seu personagem entrou em cena.
A quantidade de colaboradores que escrevem uma trama também foi reduzida. Ao invés de até sete, como no fiasco “Babilônia”, agora cada autor pode ter no máximo três. A justificativa é que a novela não vire um “Frankenstein” e tenha mais a cara do autor principal. Mas, com isso, alguns colaboradores acabaram não tendo o contrato renovado.
Record
Cada vez que a emissora faz alguma grande contratação – Gugu, Sabrina Sato e Xuxa são os exemplos mais recentes – o quadro de funcionários da Record é reduzido. Internamente, fala-se que é para “pagar o salário” de quem acaba de chegar. Produções de programas como “Hoje em Dia” e “Domingo Espetacular”, por exemplo, acabam afetadas, e vários profissionais são dispensados.
A Record também adotou outra medida para reduzir custos: O Recnov, complexo de estúdios no Rio de Janeiro onde são produzidas as novelas, foi terceirizado. Agora, quem toca a dramaturgia da emissora é a Casablanca, que já fez “Escrava Mãe” e cuida agora das próximas histórias bíblicas – “Os Dez Mandamentos: Nova Temporada” e “A Terra Prometida”.
Os realities também foram terceirizados, reduzindo assim o custo de mão de obra. “A Fazenda” e “Power Couple”, por exemplo, estão nas mãos da produtora Floresta.
SBT
Há alguns anos, o SBT ajusta o salário de seus apresentadores e propõe a alguns uma parceria – em vez de arcar com seu salário e custos, o animador de auditório vira uma espécie de “sócio” da emissora, dividindo os lucros e as despesas de seu programa. Ratinho trabalha assim há alguns anos e gosta do sistema. Xuxa teria recebido a mesma proposta de Silvio Santos antes de assinar com a Record, mas preferiu fechar com a emissora de Edir Macedo. (AD)