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Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2019
Advogados do atacante português Cristiano Ronaldo admitiram que pagaram 375 mil dólares (o equivalente a 1,5 milhão de reais pela cotação atual) à modelo norte-americana Kathryn Mayorga, que o acusou de estupro em 2009, para encerrar o caso em segredo. A informação foi divulgada nesta terça-feira (20) pela emissora CNN, que teve acesso ao acordo confidencial.
Mayorga, hoje com 35 anos, alegou que o craque, cinco vezes ganhador da Bola de Ouro, a forçou a fazer sexo em 13 de junho de 2009 no quarto de um hotel em Las Vegas, nos Estados Unidos, apesar de ela ter rejeitado as investidas dele. A modelo entrou com um processo para invalidar o acordo em 2018, argumentando que a defesa do atacante português se aproveitou de seu “frágil estado emocional” para obrigá-la a assiná-lo. Cristiano Ronaldo afirma que a relação entre os dois foi consensual.
“Nego de maneira taxativa as acusações que me foram dirigidas. O estupro é um crime abominável, que vai contra tudo o que sou e o que acredito. Não quero alimentar o espetáculo midiático criado por pessoas que querem se promover às minhas custas”, disse o jogador da Juventus, em mensagem postada no Twitter em outubro de 2018.
Os advogados do jogador afirmam que a ação apresentada por Mayorga viola o acordo apresentado por ela. Por isso, a defesa de Cristiano incluiu no processo acusações de extorsão por parte da suposta vítima e afirmou que ela não apresentou provas suficientes de que carecia de capacidade mental na hora de aceitar os termos do pacto.
Depois do processo apresentado por Mayorda, a polícia de Las Vegas anunciou a reabertura da investigação sobre o estupro. No entanto, em julho deste ano, a promotoria do distrito de Las Vegas anunciou que, por falta de evidências, não acusaria criminalmente o jogador.
Neymar
O advogado da modelo Najila Trindade, Cosme Araújo, protocolou na Vara de Violência Doméstica de Santo Amaro, em São Paulo, na semana passada, o pedido de desarquivamento do processo que apurou a denúncia de estupro contra Neymar. O Ministério Público é contra o pedido.
Cosme Araújo alegou, em linhas gerais, que a polícia não esgotou as possibilidades de apuração do crime. Agora, o pedido voltou para as mãos da juíza Ana Paula Vieira de Moraes, da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, que vai tomar a decisão final sobre o pedido, levando em consideração o entendimento da promotoria.