Como consequência da prisão de seus amigos, a dúvida é se um eventual pedido de licença para julgar o presidente Michel Temer no Supremo Tribunal Federal (STF) chegará à Câmara dos Deputados.
Se for antes das eleições, existe a certeza da concessão, deixando de se repetir decisão anterior. A 3 de agosto do ano passado, 263 deputados federais votaram contra a licença e 227 a favor.
Primeiro caso
Com a decisão, o STF não pôde analisar a denúncia contra Temer, apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no final de junho de 2017.
Segundo Janot, Temer teria recebido 500 mil reais do empresário Joesley Batista por meio do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, então assessor especial no Palácio do Planalto.
Resultado não se repete
A diferença de 36 votos a favor de Temer, no ano passado, deverá desaparecer em função da campanha da maioria dos parlamentares à reeleição. Em 2017, os aliados do presidente argumentaram que era preciso pensar na estabilidade do País. O que dirão na segunda rodada de acusações?
Sem pressa
O governador José Ivo Sartori segue rigorosamente o manual de quem está no poder: adia a decisão sobre sua candidatura à reeleição. Se anunciar agora, abrirá o flanco para que adversários passem a atacá-lo insistentemente.
Por isso, ficará em cima do muro até 20 de julho, quando os partidos começarão a realizar convenções.
Tranquilos
Quando este colunista pergunta aos caciques do PMDB se Sartori concorrerá, preferem ficar em silêncio. Nem precisam falar. A resposta vem com sorriso, revelador de que eles não têm dúvida sobre a candidatura.
Margem limitada
O prejuízo do PMDB, com o retardamento do anúncio de Sartori, será a dificuldade cada vez maior de fazer alianças. A propósito, apenas Beto Albuquerque, ex-presidente regional do PSB, tem sido visto no Palácio Piratini.
Linha direta
É cada vez menor a romaria de prefeitos do Interior a Porto Alegre em busca de favores. Sabem que os cofres do Estado andam raspados. Mesmo que cobrados por vereadores para que reivindiquem, sentem-se constrangidos. O jeito é voar direto a Brasília, onde os ministérios ainda têm algumas reservas.
Vai subir
O recorde histórico de temperatura alta em Brasília, durante o mês de abril, ocorreu em 2016, com 31 graus e 3 décimos. O aquecimento da política fará com que a marca, agora, seja superada.
Poder de decisão
A posição de 10 dos 11 ministros, no julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, é tida como praticamente certa. Repórteres, que convivem no dia a dia do STF, concluem que o placar está empatado em 5 a 5. A grande e dúvida é como votará a ministra Rosa Weber.
Zona de alto risco
O peso do ódio se manifesta nas ameaças ao ministro Edson Fachin e no atentado a tiros à caravana do ex-presidente Lula. Tomara que pare por aí.
São conhecidas as formas de inibir: investigações rigorosas e aplicação da lei.
Estava demorando
O Guinness, Livro dos Recordes, vai incluir em seus registros a taxa do cheque especial no Brasil: está em 324,1 por cento ao ano.
Mais segurança
Vereadores de Porto Alegre vão acompanhar os efeitos da lei que começará a ser aplicada hoje em São Paulo: veículos de transporte individual por aplicativo terão de afixar um adesivo de identificação, distribuído pela Prefeitura, no vidro dianteiro.
Estilo da temporada
Com a campanha eleitoral, será aberta a temporada dos discursos sem pontos finais, substituídos por etcéteras e reticências.