Nesta segunda-feira (13), Cuca foi oficialmente apresentado como novo técnico do Atlético-MG e, durante entrevista coletiva, falou sobre o caso de estupro que ocorreu na Suíça. O treinador assume o comando do time mineiro pela quarta vez.
O Caso de Berna aconteceu na Suíça em 1987, quando Cuca estava em excursão com o Grêmio no país. Na época jogador, ele foi detido com outros três atletas com a alegação de terem tido relações sexuais com uma garota de apenas 13 anos. Em 1989, ele foi condenado pelos crimes de coesão e ato sexual com menor.
Em janeiro de 2024, o o Tribunal Regional de Berna-Mittelland, na Suíça, tornou pública a decisão em que anulou o caso contra Cuca. A decisão do Tribunal, que não inocentou Cuca, concordou com o argumento apresentado pela defesa do técnico de que o julgamento que ocorreu no ano da decisão se deu à revelia, sem que o réu e seus representantes estivessem presentes para defesa.
O treinador falou sobre as atitudes que tem tomado após a anulação do processo. “Demorei muito tempo para falar daquele tema, e hoje eu abro falando dele. Eu demorei a ver meus defeitos. Eu tentava falar do Cuca, e a sociedade queria saber da causa, do que eu como homem podia fazer.”
“Tenho trabalhado incessantemente para ser uma pessoa melhor, entender o tema, não só pelo Cuca, pelas minhas filhas, minha mãe, mas pelo respeito que as mulheres merecem. Estou aliado a isso. Tenho participado de palestras, onde conseguimos reunir meninas e meninos e discutir o tema de peito aberto.”
“Acho que esse tema é muito importante e busco um mundo melhor. A gente vive muito em um mundo machista. O futebol é muito machista (…) Vamos fazer coisas importantes também, pelo respeito as mulheres. Isso tá dentro de mim. Não sou de fazer propaganda do que eu fiz, faço de forma discreta e vou continuar fazendo, bandeira que eu empunhei e que vou continuar fazendo.”