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Cuidado com a paralisia infantil

Ministro reafirmou que meta é de 95% de cobertura vacinal contra paralisia infantil (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul tem larga tradição em programas imunizadores de várias doenças. Com efeito, a partir da gestão do Governador Euclides Triches (1971 a 1975), de quem fui Secretário da Saúde e dirigi excelente equipe de sanitaristas, o Rio Grande do Sul tornou-se a primeira unidade federada que comunicou ao Ministério da Saúde, à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização Panamericana da Saúde (OPAS) que a varíola havia sido erradicada desta porção meridional . A partir de então, as campanhas de vacinação incluíram a imunização em massa da difteria, tétano, coqueluche, sarampo, rubéola, paralisia infantil (três doses), o que aumentou significativamente o espectro de cobertura em relação a tais doenças.

Em 1974, sobreveio surto epidêmico de meningite meningocócica, que foi pronta e eficazmente combatido via importação de vacinas provindas de Paris, por expressa determinação do Governador Triches, tendo as doses sido aplicadas em tempo adequado, abrangendo todos os municípios do Estado. Registro indispensável : a partir de 1974, foi introduzida a vacinação BCG – Intradérmico, contra a tuberculose (primeiro Estado da federação a implantar tal programa no Brasil), como requisito obrigatório, via lei específica, para a matrícula de crianças na primeira série do Primeiro Grau.

A expertise desenvolvida há mais de 40 anos, em nossas plagas, para o desenvolvimento de campanhas maciças de imunização, é garantia de que, em havendo vacinas disponíveis, poder-se-á debelar esse flagelo que tem sido a pandemia advinda com o covid.

Jair Soares, ex-Governador do RS, ex-Ministro de Estado da Previdência e ex-Secretário da Saúde (1971 a 1979)

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