O movimentado lançamento do projeto “Nhemonguetá”, no Atelier Jabutipê. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
Gasparotto
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo Tupi.
Da tribo pujante…
Trecho da poesia “Juca Pirama”, de Gonçalves Dias
O lançamento do Projeto Nhemonguetá, realizado recentemente no Atelier de Arte Jabutipê, um dos espaços inteligentes do Centro Histórico, teve a presença de lideranças indígenas, representantes dos Grupos de Cantos e Danças Tradicionais Mbyá, antropólogos e outros interessados em apoiar a causa.
O projeto foi contemplado pelo Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural (Fumproarte) de Porto Alegre, e será executado ao longo de 15 meses. O resultado será a produção de um documentário de etnoficção sobre os conselhos entoados pelos Grupos de Cantos e Danças tradicionais Mbyá e os mitos centrais de sua cultura. O foco está nas crianças Mbyá e suas aprendizagens e ensinamentos através das canções e da tradição oral. Serão focadas três comunidades da região metropolitana de Porto Alegre: Tekóa Pindó Mirim, em Itapuã, Jataity, no Cantagalo e Nhundyna Estiva. A estreia do documentário está prevista para julho de 2017.
Em colaboração com os Mbyá, será realizado um inventário audiovisual do patrimônio imaterial do Nhendeerekó – modo de ser Guaraní. Valorizando as memórias e as novas gerações Mbyá, o projeto propõe a afirmação da singularidade indígena contemporânea. A iniciativa, que tem integral apoio do meu espaço, estimula respeitar a cultura dos índios, primeiros habitantes do país.
O lançamento se completou com exposição de obras artesanais que seguramente refletem uma autenticidade no colorido e formas que merecem destaque em qualquer ambiente de bom gosto, como se pode conferir em muitos dos interiores e residências em várias latitudes.
Belas peças de inspiração zoomorfa. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
A cultura indígena representada através do seu artesanato. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
O olhar atento do fotógrafo da Comunicação Kuery, Gerson Gomes Leopoldino. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
Os idealizadores do projeto Nhemonguetá, Paola Mallmann e Eugenio Barbosa. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
O belo sorriso de Clarissa Azevedo Gonçalves. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
Os acessórios foram destaque na mostra. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
O público pode conhecer a história e tradições de um povo simbolizadas em suas criações. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
Jaime Vherá, cacique do Cantagalo, e o seu cachimbo. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
A artista Priya Mariana Konrad conferiu os materiais. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
Santa, índia guarani. (Foto: Jackson Ciceri/O Sul)
Paola Mallmann ao lado de uma indígena da tribo Mbyá Guarani. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
Jandira Gomes preparando seu cachimbo. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
O Cacique do Cantagalo, Jaime Vherá, aproveitou para tomar seu chimarrão. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)
A precisão e beleza nos detalhes dos objetos feitos à mão. (Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)