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Rio Grande do Sul Curso prepara policiais civis do Rio Grande do Sul no atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica

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"A história de cada mulher que passa pelas sedes policiais deve ser ouvida e compreendida individualmente", disse Nadine Anflor.

Foto: Raquel Barcellos/PCRS
"A história de cada mulher que passa pelas sedes policiais deve ser ouvida e compreendida individualmente", disse Nadine Anflor. (Foto: Raquel Barcellos/PCRS)

Proporcionar meios para que policiais civis reconheçam os indícios da violência doméstica durante diligências investigativas e aprimorem o atendimento às vítimas foi o objetivo do curso ministrado a delegados e agentes. A aula ocorreu, na quinta-feira (24), no Palácio da Polícia, em Porto Alegre.

A ação faz parte de uma série de ações promovidas pela instituição em alusão ao Mês da Mulher, voltadas também a aprimorar o conjunto de serviços prestados pela Polícia Civil para proteção do público feminino. A dinâmica incluiu três módulos: abordagem dos aspectos teóricos e jurídicos da Lei Maria da Penha; a prática policial e o atendimento às mulheres vítimas da violência doméstica e familiar; e o acolhimento às vítimas desses crimes.

A capacitação teve como ministrantes a chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor; o subchefe, delegado Fábio Motta Lopes; a diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher (Dipam), delegada Jeiselaure de Souza; a diretora do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV), delegada Caroline Bamberg Machado; e o corregedor-geral da Polícia Civil, delegado Joerberth Nunes.

O subchefe de Polícia destacou a importância da conscientização dos servidores acerca do devido acolhimento e encaminhamento às vítimas de violência doméstica. “Como muitos pedidos de socorro são expressos de forma velada, cabe ao policial, seja homem ou mulher, a sensibilidade de reconhecê-los prontamente e conseguir evitar a etapa final do ciclo da violência, o feminicídio”, afirmou Fábio.

A chefe de Polícia, primeira mulher a ocupar o mais alto cargo da instituição em seus 180 anos de história, lembrou de sua própria trajetória à frente de uma Delegacia da Mulher, ressaltando que o engajamento no tema deve envolver não somente as delegacias e departamentos especializados, como também todos os órgãos e servidores da instituição. “A história de cada mulher que passa pelos corredores de atendimento das sedes policiais deve ser ouvida e compreendida individualmente. O momento para o rompimento do ciclo da violência de cada vítima deve ser respeitado e bem conduzido”, explicou Nadine.

A capacitação de cada vez mais policiais civis sobre as melhores práticas no atendimento a casos de violência contra a mulher se soma a outras iniciativas da Polícia Civil para expandir a rede de acolhimento da instituição. Uma das principais iniciativas nesse sentido é o projeto Sala das Margaridas, criado em 2019 e que já conta com 50 espaços especialmente preparados para o acolhimento de mulheres vítimas de abusos e agressões, espalhados por todas as regiões do Estado nas Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento. A instituição conta ainda com 23 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher.

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