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Custo estimado da PEC Fura-Teto é R$800 bilhões

Nota técnica da Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado Federal prevê o custo de quase R$800 bilhões (exatos R$795,6 bilhões) para aprovação da PEC 32/2022, a PEC Fura-teto ou PEC da Gastança. O documento considera o custo ao longo de todo o futuro governo Lula, os próximos 4 anos, como deseja e equipe de transição. O documento aponta ainda falta de transparência sobre o uso “do espaço fiscal aberto”. O gasto, sem previsão, significa um cheque a descoberto.

Matemática
O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) estima o impacto da PEC em R$198,9 bi em dois anos. Os técnicos estimam R$175 bi só em 2023.

Cheque especial
A falta de transparência do uso do espaço no teto de gastos é criticada na Câmara. Deputado Sanderson (PL-RS) já avisou que irá votar contra.

Falta diálogo
Líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), diz que o debate “letárgico” compromete a busca pelos 308 votos na Câmara para aprovar a PEC.

Lamentos
Autor de uma PEC alternativa, Tasso Jereissati (PSDB-CE) tem lamentado a votação corrida do texto, mas acha que será aprovado.

Reação ao STF “turbina” Rogério Marinho no Senado
O crescimento da candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado se alimenta de uma percepção cada vez mais generalizada, entre parlamentares de vários partidos, de que é preciso dar um basta à ingerência e às decisões para muitos abusivas do Supremo Tribunal Federal (STF) em geral e do ministro Alexandre de Moraes em especial. Também é crescente o entendimento de que falta a Rodrigo Pacheco, bajulador emérito do STF, condição mínima para acionar esse freio.

Aliado inconfiável
Também enfraquece Pacheco a fama de aliado inconfiável, como demonstrou no governo Michel Temer e no atual, de Jair Bolsonaro.

Apoiou, dançou
Na CCJ da Câmara, Pacheco facilitou a tentativa de cassar Temer. Eleito presidente do Senado com apoio de Bolsonaro, virou-lhe as costas.

Homem de diálogo
Ex-deputado e ex-ministro, Rogério Marinho tem reputação de cumpridor de acordos, como quando liderou a negociações da Reforma Trabalhista.

Contracheque
Confirmada a contratação do não reeleito Daniel Silveira (PTB-RJ) como chefe de gabinete de Magno Malta (PTB-ES) no Senado, o deputado que mais irrita os ministros do STF deve ganhar cerca de R$18 mil por mês.

Perseguição parte 1
A anulação da multa de R$1,14 milhão a Deltan Dallagnol pelo TCU neutraliza uma tentativa vergonhosa de tornar inelegível o ex-procurador eleito deputado federal mais votado do Paraná, com 345 mil votos.

Perseguição parte 2
Supostas “inconsistências” na prestação de contas do senador eleito Sergio Moro (UB-PR) somam a “fortuna” de R$29 mil. Os R$131 milhões gastos por Lula (PT) não têm, claro, um problema sequer.

Paulistério em formação
Após Paulo Guedes, o governador eleito de São Paulo, Tarcísio Freitas, convidou o presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, de elogiada atuação, para seu “ministério”. Mas ele não participará da transição,

Rebeldia no puxadinho
O Psol, puxadinho do PT que elegeu 12 deputados, avisou que não irá seguir os petistas na eleição de Arthur Lira (PP-AL) para presidência da Câmara. Quer lançar candidatura própria como forma de protesto.

Mau sinal para Lula
A partir desta quarta (7) faltam apenas 15 dias corridos para o fim do ano parlamentar. Isso significa que o governo eleito Lula tem duas semanas para articular dois turnos da PEC Fura-Teto na Câmara e no Senado.

Velha malandragem
Mal saiu o anúncio feito pela Petrobras da redução de R$ 0,20 no preço do litro da gasolina que alguns postos de Brasília malandramente subiram o preço do combustível. Ficou R$0,30 mais caro.

Pearl Harbor
O ataque das forças militares japonesas a Pearl Harbor completa 81 anos nesta quarta-feira (7). Foi, até 11 de setembro de 2001, o ataque em solo norte-americano com o maior número de vítimas: 2,4 mil mortos.

Pensando bem…
…casa que não tem teto não tem nada.

PODER SEM PUDOR
Deus e o Diabo na terra do sol
Do tipo que perde o amigo, mas não a piada, FHC gostava de contar uma piadinha envolvendo Antônio Carlos Magalhães, o ACM. A história começava com a morte de ACM, após 120 anos de poder. “Toninho Malvadeza? Ele é meu!”, reivindicou o diabo. Deus lembrou, sem êxito: “Também era chamado de Toninho Ternura…” No dia seguinte tocou o celular de Deus. Era o Diabo: “Não aguento mais. O ACM dá palpite em tudo, quer saber as maldades, sugere aperfeiçoamentos. Não dá. Leve ele aí pra cima.” No dia seguinte, o Diabo telefonou para o Céu: “Deus?”, perguntou a quem atendeu. “Qual dos dois?”, responderam do outro lado da linha.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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