Ônibus, micro-ônibus e vans que realizam o transporte clandestino de passageiros foram mais uma vez alvo de uma ação do Daer (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem). Na sexta-feira (4), os fiscais da autarquia – vinculada à Secretaria de Logística e Transportes – realizaram uma operação inédita no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.
Treze servidores do departamento verificaram se os ônibus, micro-ônibus e vans que transitavam pelo local ofereciam o serviço de acordo com as normas de qualidade e segurança que regulam o sistema de transporte intermunicipal de passageiros. Dos 32 veículos abordados, dois foram apreendidos e três notificados.
“Além de proteger o sistema, essa ação foi voltada à preservação da vida”, afirma o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino. “Com a abordagem aos veículos, foram identificadas empresas que fazem passeios turísticos com problemas tanto na documentação como nas condições dos veículos, o que afeta diretamente o risco durante o deslocamento nas estradas”, relata.
A equipe de fiscalização também observou se os veículos, apesar de cadastrados na autarquia, tinham autorização para circular – o que pode acontecer devido a problemas na documentação.
As penalidades aplicadas aos transportadores clandestinos e irregulares englobam multas às empresas e apreensão do veículo.
De acordo com o diretor de Transportes Rodoviários do Daer, Lauro Hagemann, a maioria das denúncias é referente a viagens à Serra. “Os usuários costumam ser abordados ao desembarcarem do avião e chegam a viajar em veículos de passeio, que não contam com nenhum tipo de fiscalização”, afirma.
Segundo Hagemann, a atividade que ocorreu no aeroporto da capital se soma às realizadas periodicamente nas rodovias e estações rodoviárias. “É um trabalho contínuo, no intuito de surpreender os infratores que colocam em risco a vida dos usuários de diversas formas, inclusive com desrespeito às regras de distanciamento social durante a pandemia”, acrescenta.
A ação do Daer fez parte da Operação Ressurreição, realizada em conjunto com a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), Brigada Militar e polícias Civil e Federal. Além de irregularidades no transporte intermunicipal, foram apurados crimes como o tráfico de drogas.