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Daniel Alves tem dívida de quase 13 milhões de reais com o Tesouro da Espanha

Jogador brasileiro fechou empresas no país europeu nos últimos anos. (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Além da acusação de agressão sexual e de estar preso preventivamente na Espanha desde o dia 20 de janeiro, Daniel Alves enfrenta outros problemas no país europeu. De acordo com informação publicada no jornal El Confidencial, o jogador brasileiro tem uma dívida de 2,25 milhões de euros com o Tesouro da Espanha. O valor corresponde a R$ 12,5 milhões na cotação atual.

De acordo com a reportagem do veículo espanhol, a situação financeira de Daniel Alves não é nada boa. De acordo com o El Confidencial, o Tesouro espanhol teria penhorado metade do patrimônio do atleta, em abril de 2022, por conta da dívida de 2,25 milhões de euros. Uma das alegações de defesa é que o patrimônio do jogador está sendo lapidado em função de sua prisão preventiva. Ele teve seu contrato com o Pumas, do México, encerrado por causa das acusações e também estaria perdendo patrocinadores individuais. Além disso, o jornal informa que alguns bens do jogador foram congelados.

Outro ponto que o El Confidencial destaca na situação financeira de Daniel Alves é o fato de que o jogador brasileiro fechou quatro das seis empresas que tinha na Espanha entre 2019 e 2021. Um apartamento que ele tem na região de Sant Feliu Llobregat está embargado e o Tesouro espanhol proibiu a alienação do imóvel para garantir o pagamento do valor que é devido pelos Fisco.

Nos últimos dias, a defesa de Daniel Alves vem buscando alternativas para conseguir a liberação do jogador da prisão preventiva. Uma delas é usar a questão econômica e a relação que o atleta possui com a Espanha. Contudo, de acordo com a publicação espanhola, a questão financeira do brasileiro pode não ser algo que o ajudará a sair da prisão. Sua mãe permanece em Barcelona disposta a ajudá-lo. Seu relacionamento com a mulher também é um complicador, embora ela tenha dito pelas redes sociais que não se separou do atleta.

Entenda o caso

A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão preventiva de Daniel Alves no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro em uma boate. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periodico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido para fazer a denúncia.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais. Ele negou o ocorrido e depois disse que o ato foi consensual. A mulher de 23 anos nega.

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