Após celebrar 40 anos de carreira e três décadas do álbum O Canto da Cidade, Daniela Mercury prepara ainda mais novidades para o público. Em entrevista para a Quem, a cantora refletiu sobre a importância de se reinventar ao longo das gerações e com a ascensão cada vez maior das plataformas digitais.
“A gente, como artista, não precisa parar de trabalhar, porque a gente pode produzir enquanto tiver vontade e tiver energia para isso. Você vê Caetano Veloso, Gilberto Gil, com 80 e poucos anos, Elza Soares, que fez discos espetaculares no final de sua vida, só não está conosco por uma fatalidade. Sou uma mulher muito inquieta. Na verdade, adoro criar”, disse.
Na estrada musical desde a década de 1980, a artista celebra o “universo infinito” do repertório diverso disponível nos streamings atualmente, como o Spotify, que completou uma década no Brasil. “É um desafio e, ao mesmo tempo, um presente poder transitar nesse universo de artistas. A gente vive conhecendo os mais novos, que são muito mais os que a gente tem acesso [hoje]”.
“É um catálogo que não conhecíamos de muitos artistas que a gente amava, que não tinha ainda esses álbuns. É um universo infinito, muitas vidas, encarnações para a gente ouvir. Fico feliz porque fico envolvida em música, que é o que mais amo na vida”, completou.
Novidade para o verão
Uma das vozes mais potentes do Carnaval, Daniela já tem uma carta inédita na manga para a melhor época do ano. “Meu quarto de brinquedo é o estúdio. Estou pesquisando uma mistura com as fusões de música brasileira e música estrangeira, algo que eu nunca fiz, para o próximo verão, para comemorar esses 40 anos do axé que vem aí”, adiantou.
Questionada sobre a vibe internacional, a cantora destaca o legado que já acessa outros países. “Sou sempre internacional, porque, quanto mais baiano, mais internacional a gente é, muitos anos de sucesso, mais de 700 shows só no país. Sou bastante conhecida em vários lugares do mundo. Mas sou reconhecida como artista brasileira, muito orgulhosa”, concluiu.