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Política “Daqui para a frente, governo vai ter que andar com suas pernas”, diz presidente da Câmara dos Deputados

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Lira afirmou que existe uma "insatisfação generalizada" da Câmara com a articulação política do governo

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Arthur Lira teria criticado os vetos do governo no projeto do Carf, no Marco das Garantias e no arcabouço fiscal. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Após a aprovação da MP (medida provisória) que organiza os ministérios do governo Lula, na noite de quinta-feira (1º), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Executivo “terá que andar com suas pernas” a partir de agora.

A medida, que mantém a composição do governo Lula, foi aprovada na Casa por 337 votos contra 125. O texto seguiu para o Senado, que precisa aprová-lo até as 23h59min desta quinta (1º) para que a MP não perca a validade.

Ao deixar o Congresso, Lira disse que os líderes de partidos independentes que não fazem parte da base do governo reconheceram a necessidade de dar mais uma oportunidade ao Planalto.

“Estamos longe de estarmos comemorando uma base, como alguns tentam perpassar. Amanhã [quinta] será um novo dia. Dia do Senado apreciar a matéria”, afirmou o presidente da Câmara. Lira disse que o governo vai ter mais uma oportunidade de trabalhar em uma articulação mais permanente para ter condições de “ter dias mais tranquilos”.

“Importante que se diga, deixe claro, que daqui para a frente, governo vai ter que andar com suas pernas. Não haverá nenhum tipo de sacrifício”, declarou. Ele afirmou que a construção do placar na Câmara foi feita com “muita conversa, parcimônia e tranquilidade dos líderes”.

Na manhã de quarta, antes da votação do texto, Lira disse que existe uma “insatisfação generalizada” da Câmara com a articulação política do governo. Para que a MP fosse aprovada, o presidente Lula precisou entrar pessoalmente nas negociações. Além disso, o governo liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares.

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