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Datena diz que não sabe como reverter rejeição e chama agressão a Pablo Marçal de deplorável

"Sinceramente, não sei como reverter isso, vou fazer o máximo. É estranho que a rejeição continue alta”, disse Datena. (Foto: Reprodução/TV Cultura)

O candidato à prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) diz não acreditar que a oscilação positiva que teve em uma pesquisa Quaest divulgada recentemente – de 8% para 10% – tenha relação com a cadeirada em seu adversário Pablo Marçal (PRTB) no debate da TV Cultura, no domingo (15).

“Evidentemente não foi por causa dessa exposição. Claro que não. Deve ter sido pelo meu desempenho, que tem melhorado”, afirmou em entrevista.

Datena classificou o episódio ocorrido no debate da TV Cultura de “deplorável”, mas afirmou, na sabatina, não ter encontrado “outra forma” de interromper as provocações de Marçal. O apresentador agrediu o influenciador digital após ser acusado de um processo por suposto assédio sexual que já está arquivado.

“Claro que o episódio foi triste, ninguém ficou feliz, fiquei machucado. Meu pai me ensinou que deveria defender minha honra e de minha família. Mas não vi outra forma de parar os ataques mentirosos. Infelizmente tomei aquela decisão. Primeiro ele me chamou de estuprador. Ele não sabe o que é estupro, eu sei, teve gente da minha família atacada, que teve que ir para o hospital”, afirmou.

Logo em seguida, o telefone do apresentador tocou no ar, ao som da trilha do filme “O Poderoso Chefão”. Era sua esposa, disse.

A agressão pautou a discussão da disputa eleitoral paulistana nas semanas seguintes, ainda domina a agenda e até mesmo a curta propaganda do candidato do PSDB no rádio e na TV. Em uma peça, ele tentou justificar a agressão, com a voz de um locutor perguntando qual seria sua reação se “alguém dissesse isso para você na frente de milhões de telespectadores e na frente da sua família”.

Datena ainda classificou a cadeirada como um “golpe na democracia” e completou que o eleitor da cidade “está sendo desrespeitado” em razão do nível apresentado pelos candidatos. Ele, contudo, criticou Marçal, acusando-o de “rasgar a democracia” e deixar o “debate tóxico”.

Apesar de ter oscilado positivamente, segundo a pesquisa divulgada nessa quarta, Datena aparece como o nome mais rejeitado entre os postulantes à Prefeitura de São Paulo, com 62% — uma alta de dois pontos percentuais, dentro da margem de erro da mesma Quaest. O índice de rejeição do apresentador supera de longe o de Marçal (45%), de Guilherme Boulos (46%), de Ricardo Nunes e Tabata Amaral (ambos com 37%).

O candidato lamentou o resultado negativo: “Não sei se há condição de reverter. Tem que tentar reverter essa situação. Agora tenho menos pontos [nas pesquisas] e mais rejeição. Sinceramente, não sei como reverter isso, vou fazer o máximo. É estranho que a rejeição continue alta”.

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