A proteção solar é primordial para a prevenção do câncer de pele, uma vez que esse é o principal fator de risco com comprovação científica. E se proteger do Sol inclui várias outras coisas que vão muito além do filtro solar. Os raios ultravioletas (UV) do Sol podem ser prejudiciais. O UVB é responsável pelas queimaduras solares, enquanto o UVA causa o envelhecimento da pele.
Os dois tipos de raios podem contribuir para o câncer de pele. A dermatologista da USP (Universidade de São Paulo) Thais Helena Bello Di Giacomo, especializada em câncer de pele, deixa algumas dicas.
Qual protetor solar devo usar
O ideal é um protetor solar no mínimo de fator 50. Embora a Academia Americana de Dermatologia recomende fator acima de 30 para prevenção de câncer de pele, a médica sugere sempre um fator mais para garantir uma proteção de efetivamente 30, uma vez que muita gente aplica menos que o necessário. Ainda, se ganha em proteção UVA.
Como espalhar o protetor solar
O melhor é não espalhar muito: o filtro solar não é para ser absorvido pela pele e sim formar uma camada, um filme sobre a pele, por isso precisa ser em boa quantidade.
Quantidade aplicada
Existe a regra da colher de chá: uma colher de chá para cada braço, duas colheres de chá para cada perna, duas colheres de chá para o tronco na frente e o tronco atrás e uma colher de chá para rosto e pescoço.
Os filtros solares com fator de proteção solar mais alto têm também uma proteção maior para UVA e para luz visível, e pode ser interessante para quem está preocupado com ruga e mancha, além do câncer de pele.
Outros cuidados
Além do filtro solar, lembrar do uso de chapéus, óculos de sol, roupas, melhores horários para ir ao Sol, tudo isso são recursos que podem ajudar diminuir a exposição solar.
“Os raios ultravioletas do Sol são considerados carcinógenos completos, ou seja, capazes de induzir o câncer e ‘alimentá-lo’. A genética também pode ser um fator de risco, e fica um alerta especial para pessoas de pele clara, com dificuldade em se bronzear, com sardas, com olhos claros, pessoas ruivas, e pessoas com antecedentes de câncer de pele na família. Vale lembrar que peles escuras também podem ter câncer”, finaliza a médica.