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Brasil De forma inédita, a CBF confirmou uma treinadora estrangeira para comandar a Seleção Brasileira feminina

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A sueca Pia Sundhage tem no currículo dois ouros olímpicos como técnica. (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Ganhadora de duas medalhas de ouro e uma de prata nas últimas três Olimpíadas, a sueca Pia Sundhage, 59 anos, foi confirmada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para o comando da Seleção feminina pelos próximos dois anos. Ela estava à frente das categorias de base do escrete de seu país e aceitou o desafio de ser o primeiro nome estrangeiro a desempenhar a função no País.

“Essa escolha reflete a nova dimensão que vamos imprimir ao futebol feminino no Brasil”, declarou o presidente da CBF, Rogério Caboclo. “Desenvolveremos um planejamento totalmente integrado entre a Seleção Principal e a base, equilibrando objetivos de curto prazo, como os Jogos Olímpicos de Tóquio [2020], com a renovação contínua dos nossos talentos.”

Ainda de acordo com o cartola, Pia reúne a experiência e o talento necessários para qualificar o trabalho junto às gurias brasileiras: “É uma enorme alegria termos essa lenda do futebol feminino no nosso time”. Ela substitui o técnico Vadão, demitido no início desta semana após o fracasso no Mundial da categoria, vencido no início do mês pelos Estados Unidos em final contra a Holanda.

Trajetória

Em seu site oficial, a CBF frisou que pouca gente conhece tanto o futebol feminino como Pia Sundhage. A sueca iniciou a sua trajetória na modalidade quando tinha apenas 17 anos. Em 1977, deu início à sua carreira como atacante no futebol sueco.

Dotada de boa técnica e um preciso poder de finalização, Sundhage foi uma das expoentes do futebol feminino. Com a camisa da Suécia, disputou a primeira Copa do Mundo da Fifa (Federação Internacional de Futebol), em 1991. Também esteve na Copa de 1995 e nas Olimpíadas de Atlanta (EUA), em 1996. Nestas três competições, marcou cinco gols em 13 partidas.

Ao todo, foram 144 jogos e 71 gols pela Suécia. Foi campeã da primeira edição da Euro Feminina, em 1985, e ficou com o vice dois anos depois. Depois de disputar a primeira edição dos Jogos Olímpicos da história do futebol feminino, Pia encerrou a carreira como jogadora e começou sua trajetória como técnica.

Após trabalhos como assistente, Sundhage teve a primeira oportunidade como técnica no Boston Breakers, dos Estados Unidos. Mas foi no futebol de seleções que ela mais brilhou. Antes de assumir o time dos Estados Unidos, Pia trabalhou como assistente da China na Copa do Mundo de 2007. Foi justamente naquele Mundial, em função de uma derrota por 4 a 0 para a Seleção Brasileira na semifinal, que a sueca recebeu a chance de comandar as norte-americanas.

Com os Estados Unidos, foi bicampeã olímpica, em 2008 e 2012, e vice-campeã da Copa do Mundo, em 2011. No ano em que conquistou os Jogos Olímpicos de Londres-Inglaterra [2012], Pia foi eleita como a melhor treinadora de futebol feminino pela Fifa. Depois desta passagem vitoriosa pela Seleção dos Estados Unidos, ela aceitou um desafio e tanto: comandar a Suécia.

O primeiro objetivo era a Euro de 2013, disputada em casa. A campanha parou na semifinal. Pia comandou a Suécia na Copa do Mundo do Canadá, em 2015, e surpreendeu o mundo ao eliminar Estados Unidos e Brasil (nos pênaltis) nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a Suécia ficou com a prata.

A última competição de Pia Sundhage no comando da Suécia ocorreu na Euro de 2017, quando as escandinavas ficaram nas quartas de final. Pia Sundhage deixou o comando da Suécia depois da Euro.

Na edição deste ano do evento “Somos Futebol – Semana de Evolução do Futebol Brasileiro”, realizado na sede da CBF (Rio de Janeiro), Pia destacou a importância da paixão que o esporte desperta em meninas e meninos em todo o mundo. Ela falou sobre a motivação para superar as barreiras até conquistar um espaço relevante no futebol:

“Adultos e crianças querem jogar futebol. Não importa se é menina ou menino. Você tentará ser muito bom. Só pensa nisso, não importa o gênero. É a mesma coisa como técnica. Para fazer isso, ao olhar a história, você vê que precisa ter vontade, ter paixão e amar o jogo. Às vezes é injusto porque existem alguns obstáculos a mais para as mulheres dentro de um ambiente masculino como o futebol. Mas, se você tem força de vontade e paixão, juntando esses dois elementos, pode fazer a diferença”.

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