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Brasil De olho no segundo turno, presidenciáveis ampliam os ataques aos adversários mas poupam críticas a Bolsonaro

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Debate foi promovido pela Folha, SBT e UOL. (Foto: Reprodução)

O debate promovido nessa quarta-feira pela “Folha de S.Paulo”, SBT e UOL com oito candidatos à Presidência da República evidenciou o tom ácido nos embates entre adversários na reta final de campanha para o primeiro turno. Mas o líder nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL), foi quase ignorado pelos adversários, até por estar internado após o atentado do dia 6.

Ciro Gomes (PDT), que no dia anterior havia passado por um procedimento cirúrgico na próstata, seguiu direto do hospital Sírio Libanês, na capital paulista, para o estúdios de TV em Osasco (SP), local do encontro. Também participaram Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).

Ao poupar ataques a Bolsonaro, os candidatos investiram suas críticas nos rivais presentes, com destaque para críticas a Haddad, e aos governos de Alckmin e do presidente Michel Temer (MDB).

Em segundo lugar nas pesquisas, Haddad participou nesta quarta de seu segundo debate e travou seu maior duelo com Marina, além de ser alvo de Alvaro Dias e Ciro. O pedetista, que passou parte do debate sentado em razão do procedimento médico, questionou Haddad sobre desenvolvimento regional. Ao responder a jornalistas no segundo bloco do debate, Ciro salientou que, caso ganhe as eleições, buscará governar sem o PT.

“Se eu puder governar sem o PT, eu prefiro, porque nesse momento o partido representa uma coisa muito grave para o País, menos pelos benefícios, que não foram poucos, que produziu, mas mais porque se transformou em uma estrutura de poder odienta e que criou o Bolsonaro, essa aberração”, declarou Ciro, em resposta à pergunta de um jornalista.

O petista também foi alvo de críticas de Marina, depois de questionar o posicionamento dela sobre duas medidas do governo Temer: o teto de gastos e a terceirização da reforma trabalhista. A candidata da Rede disse que o país se encontra no “fundo do poço em função da corrupção, dos governos do PT, do MDB e do PSDB, que hoje estão todos juntos na mesma vala comum da corrupção”.

Haddad lembrou a adversária sobre o apoio dado por ela ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, e delegou parte da culpa pela crise econômica à candidata. “Você participou desse movimento pelo impeachment para colocar o [presidente Michel] Temer lá com as consequências conhecidas”, enfatizou. Visivelmente irritada, a candidata da Rede negou a defesa das duas medidas do emedebista e se eximiu de responsabilidade sobre Temer.

“Não defendo terceirização de atividade meio e nem defendo esse teto que foi feito pelo Temer que foram vocês, sim, do PT que se juntaram com ele para poder afundar o Brasil”, acusou. “É muito engraçado, Haddad, você vir falar do Temer e do impeachment, quando você foi pedir a bênção para o senador Renan Calheiros [MDB], que também apoiou o impeachment. São dois pesos e duas medidas”, ironizou Marina.

Em um embate duro, o candidato Álvaro Dias (Podemos) escolheu Haddad para falar sobre Imposto de Renda, e se referiu ao adversário como “representante do preso que está em Curitiba”, em menção indireta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Na olimpíada da mentira, o PT ganha medalha de ouro”.

Já Geraldo Alckmin, que aparece com 8% das intenções de voto, preferiu poupar Bolsonaro, um dos principais alvos de sua campanha na TV. Alckmin só fez referência ao candidato do PSL durante as considerações finais, ao se referir a ele como “o candidato da discriminação”. Em contrapartida, o ex-governador foi atacado por adversários como Meirelles, Haddad e Boulos.

Já Meirelles ironizou o discurso sobre eficiência ao citar o desempenho de Alckmin na política de transportes.”O Estado de São Paulo deve, finalmente, completar a linha 5 do metrô. O problema é que isso demorou 20 anos. Esse é o tipo de eficiência que você pretende levar para Brasília?”, disse o candidato do MDB, partido de quem o PSDB fora aliado até as definições das candidaturas.

Críticas a Bolsonaro

Assim como Alckmin, Ciro e Boulos também aproveitaram seus 60 segundos cada um para apontar críticas a Bolsonaro. Boulos destacou a série de atos de mulheres contra o candidato do PSL, previstos para este sábado: “Mais da metade da população feminina rejeita Bolsonaro”.

Ciro se referiu a Bolsonaro como “uma aberração” e pediu o voto de quem escolheu o candidato do PSL devido ao sentimento antipetista. “Desculpa, mas nós não podemos concordar com isso, embora seja você quem manda, eleitor. “O Brasil não aguenta mais essa polarização que acaba produzindo esse resultado que nós estamos assistindo desde 2014.”

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