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De volta a Paris, seleção da França é saudada por torcedores na Praça da Concórdia

Comandados de Didier Deschamps retornaram à capital francesa nesta segunda-feira (19) e foram bem recepcionados por torcedores. (Foto: Reprodução/Twitter)

A seleção francesa foi derrotada pela Argentina na final da Copa do Mundo do Catar. A busca pelo segundo título consecutivo terminou de forma amarga, com o título sendo definido nos pênaltis (4 a 2) após empate em 3 a 3. Apesar do resultado, os comandados de Didier Deschamps retornaram à capital francesa nesta segunda-feira (19) e foram bem recepcionados por torcedores.

O vice-campeonato deixou a equipe muito frustrada. O craque Kylian Mbappé não conseguia esconder a mágoa, principalmente após marcar três gols na decisão no Estádio Lusail, em Al Daayen.

Após desembarcarem no Aeroporto de Roissy, cerca de 25 quilômetros ao norte da capital francesa, a comitiva com jogadores e comissão técnica foi dividida em dois ônibus e levada para a Praça da Concórdia, no centro de Paris. No trajeto, alguns torcedores já apareceram com suas bandeiras para mostrar apoio aos atletas.

Na Praça da Concórdia, centenas de fãs se aglomeram para saudar os atletas da seleção francesa, enfrentando a baixa temperatura, de 13°C, e o dia chuvoso. O ambiente é diferente do que foi visto no domingo após a derrota na decisão. Os jogadores foram às sacadas do Hotel Crillon para agradecer o apoio da torcida.

No domingo, após a conclusão da final com a Argentina, a França registrou distúrbios em suas ruas, com confusão de torcedores com policiais. De acordo com o Ministério do Interior, ao menos 227 pessoas foram detidas. A maioria das prisões foram efetuadas na capital Paris, especificamente na região de Champs Elysées, onde parisienses costumam se reunir para festejar grandes triunfos esportivos. Torcedores lançaram fogos de artifícios contra policiais no momento que a situação ficou mais tensa.

Vice-campeã, a França terminou o Mundial do Catar com cinco vitórias (Austrália, Dinamarca, Polônia, Inglaterra e Marrocos), um empate (Argentina) e uma derrota (Tunísia).

Kylian Mbappé

Kylian Mbappé era um dos jogadores da França mais abatidos na premiação da Fifa após a decisão da Copa do Mundo. Mesmo fazendo um hat-trick na final contra a Argentina, o artilheiro da competição, com oito gols, acabou somente com o vice-campeonato. Um dia após a dolorosa derrota nos pênaltis, o astro quebrou o silêncio para garantir que seu país voltará ao topo do planeta em breve.

Em post nas redes sociais usando uma foto com a medalha de prata no peito e o troféu da Chuteira de Ouro nas mãos, passando em frente à taça da Copa do Mundo que escapou por pouco, Mbappé garantiu: “Nós vamos voltar.” Campeão em 2018 e vice na atual edição, ele espera reconduzir seu país ao título já em 2026, em competição com Estados Unidos, México e Canadá como sedes.

A publicação do camisa 10 francês foi comentada por mais de 44 mil torcedores, todos dando os parabéns por sua apresentação na Copa do Catar, sobretudo na decisão, e dando forças para o jogador do Paris Saint-Germain se reerguer. O próprio clube fez questão de parabenizá-lo pela campanha. “Obrigado pelas emoções Kylian. Nós estamos orgulhosos de você.”

A Fifa também fez um texto para homenagear o atacante de somente 23 anos, segundo na história a fazer um hat-trick na final da Copa do Mundo e agora o maior artilheiro de decisões, com quatro gols – havia anotado uma vez nos 4 a 2 sobre a Croácia em 2018.

“Kylian deixou a sua marca nesta final, mas não uma marca completa. Agora o segundo maior artilheiro da história de seu país em Mundiais, Mbappé ficou a apenas um gol do recorde de Just Fontaine, que fez todos os seus 13 na Suécia 1958. Quinto jogador da história a marcar em duas finais diferentes (depois dos brasileiros Vavá e Pelé, do francês Zinedine Zidane e do alemão Paul Breitner), ele se tornou o segundo francês a terminar como artilheiro da competição, justamente após Fontaine”, disse parte do texto da Fifa, que o previu como um dos gigantes da história da competição brevemente.

“Neste ritmo, com apenas 23 anos – completará 24 nesta terça-feira, 20 de dezembro – e somente duas participações em Copas, difícil não imaginar que, mais cedo ou mais tarde, Mbappé se aproximará ainda mais do recorde do alemão Miroslav Klose, de 16 gols. Ao ver as grandes atuações de jogadores como Lionel Messi (35 anos) e Ángel Di Maria (34 anos) na final deste domingo, é possível prever que o jovem francês jogue mais algumas Copas do Mundo no futuro. A história entre ele e a mais bela das competições certamente não acabou.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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