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Em debate, Ciro Gomes reforça ataques a Lula

Nos intervalos, Ciro e Bolsonaro trocaram sorrisos, e uma imagem viralizou com o pedetista cobrindo a boca, cochichando com o presidente. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Colocados lado a lado no estúdio, Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PL) trocaram sorrisos e cochicharam nos intervalos do debate de sábado (24).

Ciro é alvo de um cada vez mais intenso “ataque especulativo” do PT, que assedia os eleitores do pedetista apelando para o “voto útil” em Luiz Inácio Lula da Silva já no primeiro turno. Como resposta, o ex-ministro do governo petista e ex-governador do Ceará tem respondido subindo o tom nas críticas a Lula e seu partido.

Essa crescente animosidade ficou explícita no debate deste sábado, 24, e as críticas de Ciro a Lula alcançaram alguns tons acima do tratamento dispensado pelo pedetista a Bolsonaro.

Assim como os demais candidatos, Ciro atacou Lula pela ausência e pela falta de disposição para debater – ao fim do programa, chamou o ex-presidente de “falso democrata”. Ao longo do debate, houve momentos em que ele e Bolsonaro convergiram, como quando aproveitou uma pergunta sobre STF para falar em “intrusão” da Corte em temas da política. Já o presidente reforçou a ideia, destacando que os ministros atrapalham seu governo.

Nos intervalos, Ciro e Bolsonaro trocaram sorrisos, e uma imagem viralizou com o pedetista cobrindo a boca, cochichando com o presidente.

Após o debate, já na saída, ele explicou o que falava tapando a boca com as mãos: “Eu dizia a ele que Soraya não havia citado o nome dele, em seu pedido de resposta”, disse.

Ciro também negou docilidade com Bolsonaro: “Isso é canalhice do Lula e do PT, que tinha a oportunidade de enfrentar o fascismo. O fascista veio aqui e o falso democrata se ausenta. Como se enfrenta o fascismo? Na cabeça das pessoas. E por que ele não veio aqui, são iguaizinhos”.

A mulher dele, Gisele, também opinou. “Ele foi simpático com o Bolsonaro na resposta que deu a ele, na resposta sobre a corrupção”, disse, em tom irônico. Ciro citou casos em que acredita mal explicados na gestão Bolsonaro, além dos imóveis comprados em dinheiro vivo pela família.

O episódio gerou um direito de resposta a Bolsonaro, mas ele não levou adiante a história e usou o tempo extra para tentar falar às mulheres.

Mas apesar de tentar reverter a rejeição entre as eleitoras, Bolsonaro acabou confrontando novamente as adversárias do sexo feminino, a ponto de chamar Soraya Thronicke (União Brasil) de estelionatária e afirmar, sem amparo na realidade, que tanto ela quanto Simone Tebet (MDB) derrubaram seu veto ao orçamento secreto.

O debate foi organizado pelo Estadão e Rádio Eldorado em pool de veículos de imprensa que incluiu SBT, CNN, Veja, Terra e Nova Brasil FM.

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