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Debate e caneladas dos candidatos dominam o Twitter

Musk também tem planos de criar e criptografar ligações e vídeos. (Foto: Reprodução)

A mobilização nas redes sociais sobre o debate entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na TV Globo variou a depender da plataforma digital, revela levantamento da Escola de Comunicação, Mídia e Informação da FGV. Enquanto no Twitter a oposição ao governo Bolsonaro prevaleceu e alcançou metade dos perfis e interações sobre o tema na rede, no Facebook, os links com maior compartilhamento destacaram a promessa de Bolsonaro de conceder aumento do salário mínimo para R$ 1.400. Entre os perfis com mais impacto no Instagram, houve equilíbrio entre os campos.

No Twitter, nove dos dez assuntos mais comentados eram referentes ao debate presidencial promovido pela Rede Globo. Nesse horário, a disputa estava no início do terceiro bloco.

As hashtags mais comentadas eram #Lula, com 1,54 milhão de menções, #OBolsonaro, com 1,1 milhão, #DebateNaGlobo, com 570 mil Tweets, e Bozo, com 125 mil Tweets. Ainda apareceram entre os dez temas mais comentados: #Cuba (268 mil), #Bolsonaromentiu (83 mil), Lulinha (35 mil), e Ipea, com 16 mil Tweets. A hastag #nãoqueroficarpertode você atingiu cerca de 38 mil menções.

No Twitter, a base de Bolsonaro se apresentou de modo isolado e reuniu cerca de 32,2% dos perfis do debate sobre os presidenciáveis. O levantamento analisou 2,2 milhões de interações sobre o debate entre 0h de sexta e 10h de ontem.

Saúde e economia foram os temas predominantes. Falas sobre aborto geraram trocas de acusações entre apoiadores de Lula e Bolsonaro sobre posicionamentos passados dos candidatos, enquanto a gestão da pandemia foi explorada principalmente por críticos do presidente. As diferenças do Bolsa Família e Auxílio Brasil e a declaração de Lula sobre MEI mobilizaram a agenda econômica.

“Como um todo, o debate foi pouco propositivo e a gente pode ver pelas nuvens de palavra no Twitter. Não vemos propostas de uma agenda, mas basicamente troca de insultos, agressões”, avalia Marco Aurélio Ruediger, diretor da Escola de Comunicação da FGV.

Facebook

Os links de maior circulação no Facebook em repercussão, formados principalmente por matérias de veículos de mídia, repercutiram a fala de Bolsonaro de que aumentará o salário mínimo, se eleito. Também se destacou a fala do presidente que gerou “direito de resposta” ao jornalista William Bonner sobre o candidato Lula não dever nada à Justiça.

No Instagram, o perfil de Bolsonaro teve alto volume de interações, mais de 2,3 milhões, em postagens falando da redução do desemprego, do orgulho que tem dos microempreendedores individuais e realizações de seu governo. Já Lula gerou 2,1 milhões de interações. No ranking de principais influenciadores, há equilíbrio. No campo lulista, destacaram-se Mídia Ninja e o perfil Fofoquei, de Arthur Moreno e Radamés Keller. No bolsonarista, as contas da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) geraram alto engajamento.

Os dados refletem, em parte, uma tendência observada ao longo do segundo turno. Uma análise da Escola de Comunicação da FGV sobre todo o período, a partir de 92 milhões de mensagens sobre os presidenciáveis, mostrou que Bolsonaro apresentou maior volume de interações no Instagram, TikTok e Facebook, enquanto Lula se destacou no Twitter e YouTube.

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