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Decisão da Justiça pela soltura do réu acusado de seis tentativas de homicídio e que atingiu uma policial com tiro na cabeça continua repercutindo

MP-RS recebeu sindicato para tratar sobre a desclassificação de denúncia de seis tentativas de homicídio de policiais em Rio Grande. (Foto: MP-RS/Divulgação)

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) recebeu nesta última semana, na sede das Promotorias de Justiça do Rio Grande, a direção do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores do Rio Grande do Sul (Ugeirm) para tratar sobre a decisão da Justiça pela soltura do réu acusado de seis tentativas de homicídio e que atingiu uma policial com tiro na cabeça durante operação realizada em 2022. O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luciano Vaccaro, disse aos representantes da entidade que, ao receber a notícia da decisão judicial, o primeiro sentimento foi de consternação. “A dor dos policiais é a nossa dor. Na nossa compreensão é, sim, uma tentativa de homicídio, um crime gravíssimo. Por isso, fizemos questão de vir aqui hoje. O assunto mobilizou a todos e prontamente lançamos uma nota institucional de apoio. Entendemos ser um fato grave e respeitosamente discordamos da decisão da juíza”, disse.

Combate ao crime

Também presente na reunião, o coordenador do Centro de Apoio Operacional do Júri, Marcelo Tubino, falou que esses casos põem em risco todo o sistema de repressão e combate ao crime. “Sabemos que essa decisão não vai fazer com que os policiais deixem de trabalhar, mas os coloca em um risco muito maior”, ressaltou.

Trabalho conjunto

O promotor de Justiça Marcelo Fischer, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal do Rio Grande, agradeceu o apoio dos promotores de Justiça pela sua manifestação em vídeo sobre o caso. “Essa união é fundamental. Foi um trabalho em conjunto, inclusive com a elaboração do recurso. E esperamos reverter a decisão.”

Também estiveram presentes os promotores Marcelo Nahuys Thormann, diretor das Promotorias de Justiça do Rio Grande; Rudimar Tonini Soares, representando a Associação do Ministério Público (AMP); e Valdirene Sanches Medeiros Jacobs.

Pela Polícia Civil, compareceram o diretor do Departamento de Polícia do Interior, Anderson Spier, a delegada Regional da Polícia Civil, Lígia Furlanetto, e o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, que ressaltou: “A instituição tem o maior respeito pelo Judiciário. As manifestações que estamos fazendo são contra uma decisão judicial. Nossa intenção não é retalhar o Poder Judiciário.”

 

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