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“Decisão de cortar ponto de grevistas atende interesse público”, diz Sartori

Governo recebeu Cpers na quinta-feira (28). (Foto: Divulgação/Seduc)

O Governo do Estado divulgou nota nesta sexta-feira (29) sobre o corte do ponto dos professores estaduais em greve após a assembleia geral da categoria decidir manter a paralisação. De acordo com a nota, a paralisação tem o “apoio irresponsável” da oposição e não se justificaria, já que hoje quase a metade dos professores teriam recebido seus salários de forma integral. O Piratini argumenta que até o dia 11 “praticamente” todos os salários terão sido pagos. A greve já dura mais de 20 dias, mas os professores dizem contar com o apoio de “estudantes, pais e a comunidade escolar” para manter a greve até que todos recebam em dia.

O Cpers afirma que segundo levantamento realizado pelo Dieese, apenas 19,78% dos professores e 48% dos funcionários de escola receberão seus salários nesta sexta. Aqueles que recebem até R$ 4 mil deverão receber a partir do dia 07 e os demais só após o dia 17.

““Ou seja, a ampla maioria não terá seu salário pago nesta sexta-feira. Pedimos ao Estado para acabar com o parcelamento. Atenderam, mas conseguiram piorar a nossa situação com o atraso dos salários. Não é momento de recuarmos, mas de reafirmarmos a nossa luta”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

Leia a nota do Governo do Estado:

“Hoje, dia 29 de setembro, 47% dos servidores da Educação já receberam seus salários integralmente. Até o dia 11 de outubro, praticamente todos estarão quitados, assim como ocorre com a maioria dos trabalhadores em geral. Mesmo assim, com o apoio irresponsável da oposição, o Cpers decidiu manter a greve por período indeterminado.

Não chegamos a esta crise por vontade do atual governo. E para sair dela, precisamos de responsabilidade política e financeira, não de populismo e demagogia. Estamos fazendo todos os esforços para recuperar os serviços públicos e normalizar o pagamento dos servidores. O governo sempre manteve o diálogo e, nesta semana, anunciou o pagamento prioritário a quem ganha menos e a indenização pelos dias de atraso.

Alertamos a população para a tentativa de gerar tensão social, comandada justamente pelos atores políticos que agravaram a atual crise quando estavam no governo. Infelizmente, não estão preocupados com a educação, mas com seus próprios objetivos eleitorais.

Em virtude disso, tendo em vista o interesse público, não resta outra alternativa senão o corte do ponto dos grevistas. Conclamamos os professores a manter as aulas. Pedimos a colaboração dos pais e da comunidade escolar. A responsabilidade pela preservação do ano letivo é compartilhada por toda a sociedade. O governo do Estado segue aberto ao diálogo.”

Na quinta-feira (28) representantes do Governo se reuniram com o Cpers Sindicato, no Centro Administrativo do Estado. Na ocasião o governo estadual apresentou um documento com as principais ações realizadas para recuperar as finanças públicas e pagar em dia o salário do funcionalismo.

O secretário da Educação, Ronald Krummenauer, e o chefe da Casa Civil, Fábio Branco, repassaram à diretoria do Cpers uma relação de iniciativas adotadas pelo governo desde 2015 para enfrentar a crise financeira e destacaram os dois anúncios feitos esta semana: pagar primeiro os servidores que recebem menores salários. e a correção, pelos índices da poupança, pelo parcelamento de salários, retroativa a 2015. Para isso, o governo enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa. Outro projeto de lei, já em tramitação no Legislativo, propõe também a correção do 13º salário de 2016, que ainda está sendo pago parceladamente.

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