Geral Decorador suspeito de dar calote em noivos culpa crise financeira do País
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2016
O decorador Cleitson da Silva Pereira, suspeito de dar um calote em seis casais de noivos que o tinham contratado para fazer a decoração dos casamentos, disse que não pôde realizar o serviço por causa da crise econômica brasileira.
“A minha empresa também foi atingida, assim como muitas outras. A gente fez todo o esforço para realizar esses eventos. Infelizmente, a gente não conseguiu”, justificou.
No último fim de semana, os noivos procuraram uma delegacia, em Recife (PE), para prestar queixa contra o profissional que atua no mercado há mais de dez anos.
“Eu não estou escondido, eu não sou bandido, estelionatário, ladrão. Sou apenas um microempresário. E por causa dos percalços do País, da vida, talvez por algumas tomadas de decisões erradas, eu estou nessa situação”, disse.
Pereira afirmou ainda que vai ressarcir os casais e que vai se apresentar à polícia. “Não consigo dizer com exatidão a data nem como a gente vai fazer para ressarcir essas pessoas, mas nós vamos sim. A gente vai sentar, conversar e entrar em um acordo. A gente não está à revelia do que está acontecendo. Eu estou acompanhado meus advogados e a gente vai se apresentar”, informou.
Além dos noivos que não tiveram o serviço prestado no último final de semana, outros 30 casais assinaram contrato com o decorador sobre eventos marcados para dezembro e início do próximo ano. Ele garantiu que não vai dar calote.
“Nós temos certeza de realizar, sim. A gente está trabalhando para isso. Está sendo feito todo um esforço para levantar recursos com apoio de outros profissionais da área para que a gente consiga, de fato, concretizar os sonhos dessas pessoas”, declarou.
Ainda de acordo com o empreendedor, os problemas financeiros vêm se acumulando há meses e o dinheiro pago pelos clientes foi usado para custear outros eventos executados pela companhia. “Como qualquer outra empresa, a gente usa esse dinheiro e vai fechando outros contratos. Esse dinheiro foi sendo utilizado para dar andamento ao funcionamento da empresa, à realização de eventos”, contou.
O delegado que recebeu a denúncia, Paulo Medeiros, informou que o caso será encaminhado à Delegacia de Repressão ao Estelionato.
