Porto Alegre segue saindo gradual e progressivamente das medidas de restrição e isolamento social. Na noite de sexta-feira (24), foi feita a liberação controlada das atividades no setor da indústria. O decreto 20.551, assinado pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior, adota protocolos de higiene, proteção à saúde e minimização do risco de contágio para os mais de 39,2 mil trabalhadores da cadeia produtiva. O documento foi publicado em edição extra do Dopa (Diário Oficial de Porto Alegre) de sexta. Até o momento, as restrições para os demais setores econômicos e grupos populacionais estão mantidas até o dia 30 de abril.
A retomada do setor industrial ocorre logo após a liberação das atividades da construção civil, na última quarta-feira e está também embasada na confirmação do achatamento da curva de internações em UTIs pela Covid-19 na Capital. Também se ampara no indicativo de que foram corretas as medidas estabelecidas por mais de 30 decretos para isolar e proteger a população desde 16 de março. Conforme dados da Saúde, até a noite desta sexta, a Capital tinha 34 pacientes em UTIs confirmados com coronavírus. O pico foi de 43 em 10 de abril.
“É importante que a população entenda que a flexibilização das restrições está condicionada à evolução da pandemia e pode, a qualquer momento, voltar aos patamares anteriores de isolamento social, caso haja indicativos de aumento da saturação das estruturas hospitalares”, salientou o prefeito.
Normas
O texto autoriza o retorno da indústria em geral e veda o início da jornada no intervalo compreendido entre 6h e 9h e encerramento entre 16h30 e 18h30, de modo a evitar os horários de pico do transporte coletivo. Também fica limitada a circulação de trabalhadores na entrada e saída da jornada, bem como de outros públicos das empresas. Devem ser liberados, de forma controlada, somente fornecedores essenciais.
O decreto estabelece, ainda, a obrigatoriedade do monitoramento da temperatura corporal e de sintomas gripais dos trabalhadores e o fornecimento de máscaras de proteção facial para quem utilizar coletivos no deslocamento. As medidas buscam manter o controle dos impactos da disseminação do vírus, monitorar a pressão no sistema de saúde e iniciar a reativação da economia.