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Tecnologia Defensores da liberdade de expressão nos Estados Unidos comparam lei do TikTok a ditaduras

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O TikTok e a sua dona, a ByteDance, lutam para manter o popular aplicativo funcionando nos Estados Unidos. (Foto: Divulgação)

Na última sexta-feira (27), defensores da liberdade de expressão disseram à Suprema Corte dos Estados Unidos que a legislação norte-americana contra o TikTok, que tem sede na China, lembra regimes de censura impostos por inimigos autoritários do país.

Em uma manifestação, a PEN America, o Knight First Amendment Institute da Universidade de Columbia e a Free Press pediram à mais alta corte do país que derrube a lei federal que pretende proibir ou forçar a venda do TikTok. Eles argumentam que a lei não apenas ameaça ilegalmente impedir norte-americanos de acessarem a uma mídia estrangeira, violando a Primeira Emenda da Constituição, como também “lembra práticas que há muito tempo são associadas a governos repressivos”.

Eles observaram que os comunistas da União Soviética e da China impediram transmissões de rádio ocidentais após a Segunda Guerra Mundial, enquanto a Rússia e a China dos tempos modernos possuem uma série de restrições a websites e aplicativos como Facebook, X e YouTube.

O TikTok e a sua dona, a ByteDance, lutam para manter o popular aplicativo funcionando nos Estados Unidos, após o Congresso aprovar, em abril, a proibição de seu serviço caso a empresa não o venda até o dia 19 de janeiro.

O Departamento de Justiça afirmou que, como empresa chinesa, o TikTok configura “uma ameaça à segurança nacional de imensa profundidade e escala”, porque pode acessar muitos dados de usuários norte-americanos.

Juízes aceitaram o argumento do governo de que ele está agindo apenas para proteger os EUA de uma “nação estrangeira adversária” e impedir Pequim de obter dados dos norte-americanos.

Os defensores da liberdade de expressão afirmaram que qualquer tentativa de proteger os dados dos norte-americanos seria mais bem-sucedida por meio de leis que abrangem a privacidade, em vez de simplesmente proibir uma forma popular de expressão.

A defesa deles citou que, se a lei prevalecer, os EUA vão ironicamente se juntar à China ao proibir o TikTok. Autoridades chinesas só permitem o uso da versão doméstica do app, chamada Douyin, e que é sujeita a uma forte censura.

Trump pede suspensão

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu à Suprema Corte do país que suspenda uma lei federal sobre o TikTok que pode impedir o funcionamento do popular aplicativo de mídia social ou forçaria sua venda, sob o argumento de que ele deveria ter tempo após assumir o cargo para buscar uma “resolução política” para o caso.

A plataforma e a empresa tentaram derrubar a lei, e a Suprema Corte concordou em analisar o caso. Mas se o tribunal não decidir a favor da ByteDance e não houver desinvestimento, o aplicativo poderá ser efetivamente proibido nos Estados Unidos em 19 de janeiro, um dia antes da posse de Trump.

“Este caso apresenta uma tensão sem precedentes, nova e difícil entre os direitos de liberdade de expressão de um lado e as preocupações com a política externa e a segurança nacional do outro”, disse Trump na sexta-feira (27) em um documento.

“Tal suspensão daria ao presidente Trump a oportunidade vital de buscar uma solução política que poderia evitar a necessidade da Suprema Corte de decidir essas questões constitucionalmente significativas”, acrescentou o documento. As informações são da agência de notícias Reuters.

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https://www.osul.com.br/defensores-da-liberdade-de-expressao-nos-estados-unidos-comparam-lei-do-tiktok-a-ditaduras/ Defensores da liberdade de expressão nos Estados Unidos comparam lei do TikTok a ditaduras 2024-12-28
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