Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de julho de 2024
Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
Foto: EBCA defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou acesso ao inquérito da Polícia Federal (PF) que pede o indiciamento dele e de mais 11 pessoas no âmbito da investigação relacionada à venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.
A solicitação foi protocolada nesta sexta-feira (5) no Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com os advogados do ex-presidente. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, é quem decide sobre o acesso ao documento.
Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
Também foram indiciadas outras 11 pessoas, todas por associação criminosa, 7 por peculato, 9 por lavagem de dinheiro e 1 por advocacia administrativa.
Os indiciados
Todos os envolvidos negam as acusações da Polícia Federal. O inquérito, aberto no ano passado, foi concluído na quinta-feira (4). Agora, a PF deve entregar o inquérito ao ministro Alexandre de Moraes. O magistrado, por sua vez, precisa pedir que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso. Uma equipe da PF viajou aos Estados Unidos durante duas semanas e voltou com os elementos que faltavam para finalizar o inquérito das joias. A força policial contou com cooperação internacional do FBI.
Após visitarem quatro cidades norte-americanas, os agentes colheram, entre outras provas, imagens de câmeras de segurança das lojas onde, por exemplo, foram negociados relógios. A PF buscou ainda elementos da “operação resgate”, como foi chamada a organização feita para recomprar um relógio que havia sido vendido após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Documentos — como anotações, notas fiscais e fotos — também foram confiscados, com autorização das autoridades norte-americanas.