Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de fevereiro de 2024
A defesa do ex-presidente afirma que ele tem "total interesse em cooperar plenamente com a investigação e provar sua inocência".
Foto: DivulgaçãoA defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu que seu depoimento à Polícia Federal (PF) na investigação que apura supostas tramas golpistas envolvendo membros do governo e militares seja adiado.
Bolsonaro foi intimado a prestar depoimento sobre o tema nesta quinta-feira (22). Outros investigados da operação, incluindo dois ex-assessores do ex-presidente, também foram intimados a prestar depoimento no mesmo dia.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e o ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, também foram intimados.
Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados de Bolsonaro afirmaram que ele “opta por não prestar depoimento ou fornecer declarações adicionais até que seja garantido o acesso à integralidade das mídias dos aparelhos celulares apreendidos, sem abrir mão, por óbvio, de ser ouvido em momento posterior e oportuno.”
Na petição, os defensores do ex-presidente destacam que a decisão que autorizou a operação sobre o tema há duas semanas “contém excertos de supostas conversas presentes nos celulares apreendidos ao longo de todo este procedimento investigatório, mídias as quais a Defesa não teve acesso até hoje.”
A defesa do ex-presidente afirma que ele tem “total interesse em cooperar plenamente com a investigação e provar sua inocência”. Mas que, neste momento, buscam preservar o direito à ampla defesa.
Além do pedido de adiamento do depoimento, os advogados também reforçaram solicitação de acesso à delação premiada firmada pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid.