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Política Defesa diz que Bolsonaro jamais compactuou com qualquer movimento ilegal

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Advogados do ex-presidente (foto) afirmaram que vão adotar "medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa"

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bolsonaro terá que pagar uma indenização de R$ 50 mil. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os advogados de defesa de Jair Bolsonaro (PL) emitiram um comunicado, na tarde desta quinta-feira (21), alegando que o ex-presidente “jamais compactuou” com qualquer movimento ilegal.

Desde a manhã de quinta-feira, vem sendo reportado que o tenente-coronel Mauro Cid disse à PF (Polícia Federal) em delação premiada que Bolsonaro se reuniu com a cúpula do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para discutir detalhes de um plano de golpe para não deixar o poder. O encontro teria ocorrido quando Bolsonaro ainda estava na presidência, após as eleições do ano passado.

Em comunicado divulgado à imprensa, os advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten afirmaram que o ex-presidente “durante todo o seu governo jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei, ou seja, sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal”.

A defesa ainda alega que Bolsonaro “jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição e, via de efeito, o Estado Democrático de Direito”.

Por fim, os advogados afirmaram que vão adotar “medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa, que porventura extrapolem o conteúdo de uma colaboração que corre em segredo de Justiça, e que a defesa sequer ainda teve acesso”.

Cid diz em delação que Bolsonaro discutiu plano de golpe 

O tenente-coronel Mauro Cid disse à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com a cúpula do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para discutir detalhes de um plano de golpe para não deixar o poder. O encontro teria ocorrido quando Bolsonaro ainda estava na presidência, após as eleições do ano passado.

Segundo fontes com acesso à investigação, Cid detalhou duas situações. Em uma delas, cita que Bolsonaro recebeu em mãos uma minuta golpista. Em outro momento, o ex-ajudante de ordens detalha a reunião com a cúpula militar. No encontro, as Forças Armadas teriam sido consultadas sobre a possibilidade de uma intervenção militar.

A resposta da cúpula da Marinha, ainda segundo Mauro Cid, teria sido que as tropas estavam prontas para agir, apenas aguardando uma ordem dele. Já o comando do Exército não teria aceitado o plano.

Esse depoimento sobre plano golpista e minuta do golpe é um dos pontos analisados na delação premiada fechada por Mauro Cid com a Polícia Federal.

O tema é tratado com cautela e sigilo. Para os fatos serem validados e as pessoas citadas pelo tenente-coronel serem eventualmente responsabilizadas, é preciso que haja provas que corroborem as informações repassadas pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Em nota, o advogado de Cid, Cezar Bitencourt, disse que não confirma o conteúdo da delação por se tratar de assunto sigiloso.

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https://www.osul.com.br/defesa-diz-que-bolsonaro-jamais-compactuou-com-qualquer-movimento-ilegal/ Defesa diz que Bolsonaro jamais compactuou com qualquer movimento ilegal 2023-09-21
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