Quinta-feira, 10 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 22 de agosto de 2019
Há mais de dois anos e meio no Complexo Penitenciário Bangu 8, a defesa do ex-governador Sérgio Cabral pediu a transferência do político. Feito em março deste ano ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, ainda não houve resposta para o pedido. Sua defesa quer que ele vá para uma unidade prisional da Polícia Militar, a mesma onde está o também ex-governador Luiz Fernando Pezão.
O advogado Márcio Delambert, que representa Cabral, alega na peça que o ex-governador corre riscos em Bangu 8, principalmente desde que passou a adotar uma nova postura, de confessar seus atos e citar nomes de pessoas envolvidas. “O acusado encontra-se recolhido ao cárcere há aproximadamente dois anos e seis meses e vem respondendo, nessa condição de encarcerado, inúmeras ações penais, mais precisamente 29 processos, no âmbito da Justiça Federal. Com efeito, recentemente, reviu sua postura perante a justiça, em especial esse juízo, e vem confessando paulatinamente seus delitos, sempre que interrogado. É certo que sua inédita postura resta por desagradar inúmeras pessoas, já tendo percebido tal fato no seio da própria unidade prisional a que se encontra recolhido”, escreveu Delambert, na petição datada de 26 de março.
Outros casos
Delambert lembrou os casos dos ex-presidentes Lula e Michel Temer, além dos ex-governadores Eduardo Azeredo (MG), Luiz Fernando Pezão (RJ), Moreira Franco (RJ) e Beto Richa (PR), que ficaram acautelados em unidades prisionais diferenciadas.
O advogado disse que ainda não teve resposta de Bretas, que mandou, segundo ele, consultar a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP) e também o Ministério Público Federal (MPF).