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Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2016
A defesa do fundador do Wikileaks, Julian Assange, pediu nesta segunda-feira (22) a um tribunal de Estocolmo que retire a ordem de detenção ditada contra o jornalista australiano em 2010 por um suposto crime sexual, de acordo com a Reuters e a EFE.
A solicitação foi feita duas semanas depois que o Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias da ONU concluiu em uma sentença que a detenção de Assange era “arbitrária” e pediu ao Reino Unido e à Suécia que acabem com ela, além de assegurar que sua decisão era vinculativa, algo que ambos países rejeitaram.
A Promotoria sueca também considera que a decisão do painel da ONU não afeta o processo, reduzido agora a um caso de abuso menor. “Pensamos que é algo sem igual a Suécia ter desobedecido essa decisão”, declarou nesta segunda-feira em Estocolmo um dos advogados do jornalista. A defesa de Assange já tinha solicitado a revisão do caso em junho de 2014 apelando ao tempo transcorrido e às circunstâncias pessoais do jornalista, refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para evitar sua extradição à Suécia.
O processo terminou em maio do ano passado, quando a Suprema Corte sueca rejeitou o pedido, da mesma forma que as duas instâncias anteriores, porque considerou que não havia motivo para suspender a ordem e pelo grande interesse de que a investigação se desenvolvesse.
A decisão do Supremo chegou dois meses depois que a promotora superior, Marianne Ny, mudou de opinião e aceitou interrogar Assange em Londres perante o risco de prescrição três dos delitos incluídos na investigação, como assim ocorreu em agosto. (AG)