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Por Redação O Sul | 24 de maio de 2017
A defesa do presidente Michel Temer enviou nesta quarta-feira (24) um ofício ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), para tentar evitar que Temer seja obrigado a prestar depoimento à Polícia Federal (PF) antes da conclusão da perícia no áudio da conversa do presidente com o dono da JBS Joesley Batista.
Segundo os advogados de Michel Temer, uma escrivã da Polícia Federal entrou em contato nesta quarta, questionando em qual data o presidente da República poderia ser ouvido pelas autoridades policiais.
A defesa do presidente solicitou à Suprema Corte a suspensão do depoimento até o fim da perícia.
Na avaliação dos advogados, caso Temer tenha que prestar esclarecimentos sobre o encontro com Joesley Batista, o depoimento deve ser comandado por Fachin ou o presidente deve ter o direito de enviar as respostas por escrito.
“Pede-se vênia, ainda, para reiterar que se o presidente da República for ouvido deverá sê-lo em ato presidido por Vossa Excelência [Fachin] ou responder por escrito quesitos adredemente elaborados. Nessas condições requer-se o atendimento das postulações acima apresentadas”, afirmaram os defensores.
No ofício, os advogados de Temer argumentaram, também, que ouvir o presidente antes de a perícia técnica da PF concluir a análise científica da gravação é uma “providência inadequada e precipitada”.
“Com o devido respeito, entende-se como providência inadequada e precipitada, conquanto ainda pendente de conclusão a perícia no áudio gravado por um dos delatores, diligência extremamente necessária diante das dúvidas gravíssimas levantadas – até o momento – por três perícias divulgadas”, ressaltou a defesa no ofício enviado ao STF.