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Notícias Defesas de governador e ex-secretário de Segurança de Brasília divergem sobre atos criminosos

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Ibaneis e Torres respondem a inquérito por omissão.(Foto: Divulgação)

As estratégias de defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e do ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, seguem caminhos que os colocam em lados oposto. Na medida em que Ibaneis diz ter sido enganado pela equipe da Secretaria e o ex-titular da pasta alega que não teria participação porque não estava em Brasília no dia dos ataques criminosos.

Há avaliação de quem acompanha a defesa dos dois de que eles irão guerrear, num cenário em que dificilmente o processo judicial deixará de punir alguma autoridade responsável pela segurança de Brasília.

Ibaneis e Anderson são as duas autoridades em maior evidência no episódio e, juntos, respondem a inquérito por omissão. O governador está afastado do cargo por 90 dias; já o ex-secretário está preso desde o sábado (14).

“Ibaneis vai colocar na conta dele, tem prova, tem mensagem, tem tudo. O governador exonerou Anderson pelo telefone, diante da indignação”, afirmou um aliado do mandatário local.

A tese de apoiadores de Ibaneis é de que o ex-secretário e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro teria deixado o Brasil, dias antes dos ataques, de caso pensado à espera de um golpe que envolveria tropas do Exército.

Nesse cenário, a falta de controle da PM de Brasília sobre a situação poderia facilitar a decretação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem), o que permitiria a entrada de militares das Forças Armadas em campo.

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro retornou ao Brasil após tomar conhecimento da ordem de prisão. Torres chegou a afirmar que “repudia veementemente a covardia” dos atos que seriam totalmente incompatíveis com suas crenças do que ele considera importante para o fortalecimento da política do país.

Prisão preventiva

A prisão de Anderson Torres foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele é acusado de ter sabotado o comando da Segurança Pública do Distrito Federal durante os ataques aos três Poderes. Ele deve responder por omissão e conivência.

Na última quinta, a Polícia Federal divulgou que, durante operação de busca e apreensão na casa de Torres, foi encontrada uma minuta — versão prévia de um decreto presidencial — que previa a decretação de um Estado de Defesa nas sedes de tribunais eleitorais, que poderia ser usado para uma tentativa de golpe e de alterar o resultado das eleições de 2022.

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