Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 10 de novembro de 2024
Gritzbach havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo
Foto: Reprodução/Redes sociaisExecutado no aeroporto de Guarulhos (SP) na sexta-feira (8), o delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) Antônio Vinicius Lopes Gritzbach carregava uma mala contendo mais de R$ 1 milhão em joias e objetos de valor no momento do crime.
Segundo o boletim de ocorrência do caso, a bagagem trazida pelo empresário de uma viagem a Maceió (AL) continha ao menos 38 itens de alto valor. Entre eles, estão: 11 anéis prateados com pedras rosadas ou esverdeadas, em formas de coração e de pingo; seis pulseiras esverdeadas e douradas; dois colares prateados em forma de pingo e com pingentes; nove pares de brincos com pedras verdes, azuis e prateadas.
As joias tinham certificados de joalheiras caras como Bulgari, Cristovam Joalheria, Vivara e Cartier. Também foram apreendidos com a vítima argolas douradas, um celular e um notebook da marca Apple, além de R$ 620 em dinheiro vivo e um relógio da marca Rolex.
Os materiais estão em posse do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa. Segundo a Polícia Civil, familiares relataram que Gritzbach tinha ido à capital alagoana para cobrar uma dívida de um conhecido.
Os policiais querem saber quem é a pessoa que fez o repasse dos materiais valiosos ao delator e se essas joias têm alguma ligação com o crime ocorrido na tarde de sexta.
O corpo de Gritzbach, de 38 anos, foi enterrado neste domingo (10) no Cemitério Parque Morumby, na Zona Sul de São Paulo. Gritzbach levou dez tiros na saída do aeroporto por dois homens que desceram de um carro preto. Os atiradores fugiram.
Duas armas foram apreendidas após o crime: um fuzil e uma pistola. As duas estavam perto do local em que o carro usado pelos bandidos foi abandonado, a pouco mais de 7 km do aeroporto, ainda em Guarulhos.
Gritzbach era investigado por envolvimento com o PCC e, em março, havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro.
Nos depoimentos, o empresário acusou um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de exigir dinheiro para não o implicar no assassinato de um integrante do PCC. Além disso, forneceu informações que levaram à prisão de dois policiais civis que trabalharam no Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico.