Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2017
Os delatores Renato Chebar e Marcelo Chebar contaram à força-tarefa da Lava-Jato no Rio que alugaram uma sala comercial em Ipanema, entre os anos de 2011 e 2014, para guardar dinheiro do esquema do ex-governador Sérgio Cabral. Em uma mesma época, 7 milhões reais estavam escondidos no local. Os irmãos Chebar foram fundamentais para a deflagração da Operação Eficiência.
A sala ficava no número 550 da Avenida Visconde de Pirajá. Os delatores contam que fizeram isso para não deixar tantos recursos sob responsabilidade de Jucá, um doleiro do Uruguai. Eles também não remeteram o dinheiro ao exterior, porque foram informados por Carlos Emanuel Miranda, apontado pelo Ministério Público Federal como operador de Cabral, que o ex-governador precisaria utilizar os valores com os pagamentos de boletos e entregas de dinheiro.
Os irmãos Chebar procuraram a força-tarefa da Lava-Jato no Rio para fazer delação premiada e contaram sobre o esquema de ocultação do dinheiro do ex-governador no exterior. Eles contaram que chegaram a guardar 80 milhões de dólares do ex-governador, 15 milhões de dólares do ex-secretário Wilson Carlos e 7 milhões de dólares de Carlos Miranda.
Na Operação Eficiência, foram expedidos nove mandados de prisão, sendo um deles contra o empresário Eike Batista, acusado de pagar propina a Cabral. (AG)