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Política Delegado atacado por Bolsonaro vai acionar o ex-presidente na Justiça

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O tom das críticas do ex-presidente subiu contra os delegados após o Supremo aceitar a denúncia contra ele por tentativa de golpe de Estado. (Foto: Reprodução)

Um dos delegados da Polícia Federal (PF) atacados em declarações públicas de Jair Bolsonaro entrará com uma ação contra o ex-presidente na Justiça. O investigador vai processar o ex-presidente da República por calúnia e difamação e pedir o pagamento de uma multa por danos morais.

O delegado está reunindo vídeos e textos com falas de Bolsonaro nos quais ele foi alvo de ataques.

Desde que foi indiciado pela PF nas investigações da fraude do cartão de vacinas, das joias da Arábia Saudita e da tentativa de golpe de Estado, no ano passado, o ex-presidente e seus aliados têm feito investidas contra delegados. Os principais alvos são investigadores que atuaram nesses inquéritos direta ou indiretamente.

O tom das críticas do ex-presidente subiu contra os delegados após o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia contra ele e mais sete aliados por tentativa de golpe, dentre eles três generais: Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

Eles fariam parte do que a Procuradoria-Geral da República (PGR) chamou de “núcleo crucial” de uma trama golpista contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Todos negam as acusações.

Os ministros Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia e o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, votaram pela aceitação da denúncia.

Em seu voto, Moraes defendeu que a “peça acusatória da PGR apresentou em relação aos oito denunciados os indícios que possibilitam a instalação da ação penal”.

Moraes apresentou um vídeo com imagens dos atos golpistas de 8 de janeiro, acrescentando um tom emocional para o julgamento.

A gravação tinha também imagens anteriores aos atos, dos acampamentos no Quartel General do Exército e a ameaça de bomba no aeroporto de Brasília no final de 2022.

Segundo o ministro, as imagens demonstram que a invasão das sedes dos Três Poderes não foi uma manifestação pacífica, como alguns argumentam.

Caso Bolsonaro seja condenado por todos os crimes, as penas máximas somadas podem superar 40 anos de prisão, já que ele é acusado de liderar a suposta organização criminosa. No Brasil, penas acima de 8 anos começam a ser cumpridas em regime fechado.

Além dos ex-presidente e três generais, vão responder ao processo Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que fechou um acordo de delação premiada). (Com informações do jornal O Globo e da BBC Brasil)

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