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Delegado morto em São Paulo deu 7 tiros em assaltante antes de morrer

Delegado da Polícia Civil de São Paulo foi morto durante uma tentativa de assalto. (Foto: Reprodução)

Durante a tentativa de assalto que terminou em sua morte na manhã de sábado (21), o delegado da Polícia Civil de São Paulo Mauro Guimarães Soares, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), conseguiu balear sete vezes o suspeito identificado como Enzo Wagner Lima Campos, 24 anos. O rapaz foi socorrido e levado para o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, onde permanece internado e consciente.

Soares foi atingido por dois disparos. Ele também foi socorrido, para o Hospital das Clínicas, em estado grave e não resistiu.

Enzo cumpria prisão domiciliar. Ele havia sido preso em flagrante quatro vezes e condenado no ano passado.

Um suposto comparsa do assaltante é procurado pela Polícia Civil. Uma câmera de segurança flagrou a ação da dupla. Enquanto Soares e a esposa, que também é policial, caminhavam pela rua Caio Graco, na Lapa, zona oeste de São Paulo, os suspeitos se aproximaram em duas motos. Enzo anunciou o assalto.

Inicialmente, o delegado parece colaborar com a dupla, fazendo menção de entregar os pertences. Logo depois, ele saca a arma e começa a troca de tiros. O suspeito não identificado fugiu, abandonando o comparsa.

Homenagem

A Polícia Civil prestou homenagem ao delegado e deixou uma mensagem de luto no Instagram da corporação. “A Polícia Civil lamenta profundamente a morte do Dr. Mauro Guimarães Soares. […] Solidarizamo-nos com amigos e família nesse momento de dor”, diz a mensagem. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) também lamentou o ocorrido.

Reincidência criminal

Titular da Secretaria da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite defendeu a necessidade de combater a reincidência criminal. O assaltante Enzo Wagner Lima Campos havia sido preso em flagrante quatro vezes por crimes de roubos patrimoniais com uso de arma de fogo e condenado no ano passado.

“Que Deus abençoe os familiares, amigos e colegas policiais do delegado e que os responsáveis pelas leis em nosso país coloquem a mão na consciência, já que a cada absurdo como esse fica mais clara a necessidade de combatermos a reincidência criminal. Não é possível que um ‘especialista’ com um discurso garantista não perceba que essa postura está custando vidas”, criticou Derrite.

Alexandre de Moraes

O ministro do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), compareceu nesse domingo (22) ao velório do delegado Mauro Guimarães Soares.

O corpo do delegado, que trabalhava no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), foi sepultado pela manhã no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, zona sul paulistana.

Moraes foi secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo entre 2015 e 2016, na gestão do ex-governador e atual vice-presidente Geraldo Alckmin, e era amigo da família de Mauro Soares, formada por policiais.

A presença no velório não estava na agenda oficial de Moraes, e pegou autoridades de surpresa. O ministro ficou cerca de 30 minutos no local.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o atual secretário da Segurança, Guilherme Derrite, não compareceram ao velório. Eles foram representados pelo delegado-geral da Polícia Civil, Arthur Dian. As informações são do site Metrópoles.

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